Mandruvá

Por José Carlos Paiva Bruno – OABRJ 73304

Conta lenda antiga das Minas Gerais que certa feita, menina que sempre deitava pela manhã sobre a grama do quintal, deparou-se com mandruvá que observa sua formosura. Causo que sua barriguinha começou a crescer, e ninguém sabia por quê? Mãe levou a mocinha ao médico, que também disse não saber explicar, sendo a manha recomendada esperar… Uai sô, mais ou menos passado uns nove meses, foi chamada parteira que pediu bacia com leite, posicionada entre as pernas, pois que atrai mandruvás, que de dentro da mocinha começaram a sair… Logo disse a mãe: bem vovó falava pra não passar “de Chico” debaixo das árvores por cá, pois que o cheiro atrai o bicho, tal de mandruvá!

Agora que os Estados Unidos liberaram por 5 a 4 o casamento gay, e todo mundo – mesmo os que não sabem o significado do placar – está pintando tudo em degradê arco-íris. Fico a imaginar quais lendas teremos no futuro, se é que teremos… Bom, vamos ao que temos: Olavo de Carvalho disse que sua vingança será observar a monogamia homossexual. Esclareço que respeito formas de amor, mas se Deus começou o negócio com casal Homem & Mulher, penso que Ele queira terminar da forma original. Logo, contrariar o amanhã pode ser perigoso. Fato é que aconteceu outrora em que a libertinagem barbarizou civilizações avançadas, á exemplo de Roma. Clássico feitiço voltando-se contra o feiticeiro, conquistadora dos bárbaros; terminou tomada por eles, em 476 d.C. vitória dos hérulos. Medalha da inflação, corrupção e devassidão…

Brasil da liberdade em raios fúlgidos, antecipado aos EUA, quem diria… Aqui além do casamento e banheiros escolares unissex, já temos até passeatas teatro crucifixão gay. Tá tudo certo, afinal lavou tá novo, e de lava-jato nós entendemos. Penso, logo existo, insisto em como será? Que também é do Chico, Buarque por cá, daquela tal flor da terra…

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