26 / 09 / 15

Publicidade e Sexismo: Até quando “Verão” vai e vem?

“Art. 37”. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.

§ 2° É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança”.” (Código de Defesa do Consumidor).

Publicidade e Sexismo: Até quando “Verão” vai e vem?

Sempre tive a audácia em me indagar sobre alguns fatos que levam à acomodação social. Sexismo é um dos maiores. Nunca parei para tentar entender os porquês da mídia, mas analisa-los é nossa função. E foi em uma dessas análises que observei as publicidades. Achei-as tradicionais, acomodadas e desvinculadas. Qual é o produto? Como expor? Por que sempre expor da mesma forma? Quem é o público alvo? E não menos importante, Qual o limite?

Nos comerciais direcionados ao massivo uso masculino o produto não é o “produto”, o produto é o preconceito. Para vender cerveja precisa denegrir a imagem feminina? Só homens bebem?  Não. As coisas vão piorando nos anúncios de utensílios domésticos protagonizado pelas mulheres, em plena “Moderna Era” onde os direitos e Deveres são ‘iguais’.  E a Boticário que foi boicotada por revolucionar o tradicionalismo opressor. O que dizer?

A exposição da mesmice é parte de um mercado multimilionário direcionado ao contingente social alienado.  O sabão que a Cláudia Leitte faz propaganda, A palha de aço que a Ivete jamais tocou ou o Hidratante que a Xuxa nunca usou?! Até quando a imagem será o produto?

Publicidade e Sexismo: Até quando “Verão” vai e vem?

Meses atrás proibiram a publicidade infantil, um ato desnecessário, motivado futilmente pelo consumismo. Sou da geração que os desenhos animados e suas propagandas me faziam sonhar. A educação financeira era dada na medida coerente entre: Meu desejo de obter o produto e a quantia que deveria ser poupada para adquiri-lo. Nessa geração de pais endividados, abarrotados pelo consumismo frenético, as crianças acabaram “pagando o pato”.

O limite será imposto por nós. Na hora da compra, das críticas e do consumo. Devemos sempre fazer uma apreciação do que é o produto, sendo assim, abaixaremos os “preços” do sexismo e tiraremos das prateleiras os preconceitos.

Elisama Viana - Maceió/AL.

Acadêmica do curso de Direito pelo Centro Universitário Cesmac, vivencia o Direito por um andamento mais zetético, buscando explicações em sua Filosofia, Historia e Sociologia, atualmente em um projeto de pesquisa com seguinte temática: “Direito ensinando a cidadania”; blogueira no site Estação Alagoas, contemplada para estudar a língua francesa pelo Centro Universitário Cesmac, e tomou para si a lide em defesa da Mulher, “Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância”. (Simone de Beauvoir).

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