10 / 02 / 17

FUJA DA CORRERIA DO DIA-A-DIA – por Jeff Severino

O drama diário que estamos atravessando, as preocupações e problemas em que estamos mergulhando fundo graças a todas as mídias sociais e a imprensa que adora divulgar desgraças porque isso “dá ibope” e vende jornais e revistas, não é alimentada pelas palavras ou ações dos outros; mas é alimentada por nós que lhe damos importância demais. 

Observo as respostas sobre este ou aquele assunto e fico pasmo porque nada diferem das ações praticadas das ações desejadas por aqueles que se manifestam. São todos iguais.  

Mas por que? 

Por que ficamos tão facilmente estressados e sugados para dentro drama? 

É porque o mundo não é o previsível, ordenado, lugar feliz que gostaríamos que fosse. Ele é exatamente do jeito que o fazemos, do jeito que nos expressamos. Da exata maneira como respondemos a esta ou aquela questão violenta. Queremos que as coisas sejam mais fáceis, confortáveis, e bem ordenadas. Infelizmente, nosso trabalho é agitado, os relacionamentos são um desafio, as pessoas exigem nosso tempo, não estamos tão preparados como nós gostaríamos de estar, a nossa família nos frustra, e há muita coisa para se ler, entender, processar em nossas mentes… Geralmente não fazemos nada disso. Damos a resposta “na tampa”, sem pensar, analisando de fora, de longe, distante do problema de quem o está vivendo, criando ou sofrendo. 

E aí começa o estres, aí começa o drama, aí começamos a estragar o nosso dia, quando bastaria um momento de tranquilidade, uma boa vibração, ou quem tem religião, qualquer uma, bastaria uma simples oração. 

Entenda que o problema não é o mundo, ou pensamentos e comportamentos das outras pessoas – esses aspectos da vida serão sempre incontroláveis. O problema é você, somos nós, diante da maneira de nós reage sobre este ou aquele assunto. 

O problema é que nós estamos prendendo/segurando com muita força aos ideais que não combinam com a realidade. Criamos inconscientemente expectativas em nossas mentes. Queremos ser, estar, vestir, beber, comer o que as outros pessoas estão fazendo, vestindo, comendo, … acreditamos em tudo aquilo e acreditamos que nossa vida é vulgar, insignificante. Queremos a forma e esquecemos do conteúdo. Queremos que a nossa vida, nosso trabalho, nossa família seja exatamente do jeito que queríamos que fosse. Mas você já imaginou o contrário? Você é justamente aquilo que tua família esperava que você fosse? Já olhou pra você e percebeu aquilo que você é diante daquilo que você representa ou quer representar desde o momento que você posta a tua foto através dos aplicativos que te deixam perfeito (a)? Você mesmo (a) faz uma propaganda enganosa de si mesmo (a) e é assim que espera sem respeitado (a), compreendido (a) ? É assim que você espera ser feliz? Desculpe, mas não vai rolar. 

 

Existe um pequeno ditado que diz: “Nós podemos enganar uma pessoa todo tempo, algumas pessoas por algum tempo, mas todas as pessoas ao mesmo tempo é impossível”. A nossa máscara sempre cai. Tem pessoas que mentem tanto que acabam acreditando nas próprias mentiras sem se dar conta de que todos os demais sabem que é a mais pura mentira.  

Nosso apego aos nossos ideais, sonhos e até mesmo essas sandices de sermos perfeitos desperta ansiedade em nossas mentes e estresse em nossas vidas. Nossa resistência em nos aceitar e aceitar as coisas como elas são tornam-se combustíveis para o nosso drama. 

E nós não queremos ser uma parte deste drama – pelo menos é o que dizemos a nós mesmos – para que culpar os outros por isso … que por sua vez cria ainda mais outro drama? 

Está na hora de nos concentrarmos cuidadosamente, sobre o que nós estamos sentindo. Não nos entorpecendo com distrações, mas sim tendo mais consciência da nossa realidade, do que estamos fazendo conosco mesmos. 

Dedique-se um tempo, pelo menos uma hora por dia pra você mesmo (a). Pare o que está fazendo. Eu, chega uma horado dia aqui na minha redação que paro tudo diante de tanta informação e ao invés de tomar partido, enlouquecer com tanta asneiras, wats que chegam, tolices mil, desligo tudo, pego minha bike e vou dar uma volta a Ilha. Vou pedalar, fone de ouvido, boa música e lá se vão 10, 20, 30, 50, 80 kms. E acabo encontrando satisfação, dopamina, tranquilidade, cansaço físico e não mental, bom amigos, selfies, momentos, por do sol, paisagens. Pronto, voltei novinho pra casa. Descubra um momento pra você e sinta-se bem com a paz interior que você encontrou, dessa nova redescoberta de que existe um outro mundo e que você apenas se basta.

Esta é a prática de abandonar drama, e simplesmente aceitar este momento como ele é, e como você é. Simplesmente viver a tua própria vida e não a dos outros. 

Você pode fazer isso a qualquer hora, onde quer que esteja. Você pode praticar focando a bondade nos outros também. Vendo a bondade em seus desafios e relacionamentos e trabalho, e assim por diante. Você pode parar o drama, e redescobrir a paz, alegria e amor que estão sempre por perto. 

E, claro, que todos nós estamos lutando de todas as maneiras, as vezes de forma errada. Mas fique atento (a) que você não está sozinho. Muitos de nós estamos ali com você, trabalhando duro para se sentir melhor, pensar mais claramente, e viver uma vida livre de dramas desnecessários. É só você focar a tua visão para o outro lado e perceber esses pequenos detalhes. 

Ótimo final de semana pra ti. ​

 

Jeff Severino - Florianópolis/SC

Viagens & TurismoJornalista/fotógrafo, diplomado pela Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul - Campus Pedra Branca - Diretor de Comunicação da Associação Catarinense de Colunistas Sociais, Relações Públicas da ABIME - Associação Brasileira de Mídia Eletrônica, Diretor de Comunicação da ABRAJET-SC, Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo, editor de um portal e de um blog, além de membro da FEBRACOS - Federação Brasileira de Colunistas Sociais e FENAJ - Federação Nacional de Jornalistas. Sou colaborador/colunista de diversas revistas e jornais de circulação nacional, começando pela Revista Evidência Cosmopolita em Maceió à Revista OQ em Joinville - SC.

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