A humanização diminui o turnover das empresas?
Manter o funcionário por muito tempo no mesmo cargo é uma dificuldade cada vez mais frequente para as corporações; a especialista em desenvolvimento humano Susanne Anjos Andrade explica como medidas humanitárias tornam o funcionário mais feliz e, consequentemente, diminui o turnover
Já ouviu falar em turnover? É o índice de rotatividade dos colaboradores de uma empresa, ou seja, a entrada e saída de funcionários em um determinado período. Atualmente, por conta das mudanças no mercado de trabalho, o número de pessoas que permanecem pouco tempo em um emprego aumentou, e formar uma boa equipe tornou-se um desafio para o setor de recursos humanos. Mas quais os efeitos do turnover para corporações e colaboradores?
A especialista em desenvolvimento humano Susanne Anjos Andrade, autora do best-seller “O Poder da Simplicidade no Mundo Ágil”, explica que a troca de funcionários pode causar sérios impactos no negócio. ”Podemos considerar a perda de conhecimentos específicos, deterioração do clima organizacional, custos extras com desligamento e verbas rescisórias, custos com a contratação de novos funcionários e queda da produtividade”, comenta.
Ainda de acordo com ela, estima-se que um índice aceitável de turnover gire em torno de 5%. “Em muitos casos, a alta rotatividade pode estar ligada à gestão, ou seja, à maneira com que os superiores lidam com seus colaboradores. É claro que um profissional pode ser contratado para um cargo com o qual depois não se identifica, ao vivenciar o dia a dia da função. No entanto, muitas empresas já adotam um modelo de gestão humanizado, buscando manter a motivação em alta e, hoje, as pessoas estão em busca de ambientes de
trabalho flexíveis, que sejam pautados pela igualdade e respeito”, esclarece.
Além disso, a gestão por conflito – aquela em que os funcionários seguem regras fixas, têm pouca liberdade de expressão, e em que a cobrança por resultados é excessiva – é um dos principais motivos que levam profissionais a permanecerem pouco tempo no emprego. “Para esses líderes, a rotatividade está ligada somente ao perfil dos colaboradores, quando na verdade existem questões de gestão que precisam ser revistas”, salienta Susanne.
Fonte: Comunique-se | Ortolani Comunicação