01 / 08 / 11

Polo Agroalimentar de Alagoas é alinhado entre governo e universidades

Polo irá prestar serviços com foco em atender a demanda do Programa dos Arranjos Produtivos Locais

Fonte: Débora de Brito

Representantes do Governo e de Universidades discutiram implantação do Polo Agroalimentar

Representantes do Governo e de Universidades discutiram implantação do Polo Agroalimentar

O secretário da Ciência, Tecnologia e Inovação, Eduardo Setton, apresentou a fase atual – que está em processo de licitação da obra – do projeto Polo Agroalimentar aos professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), além da deputada federal Célia Rocha. A reunião, que aconteceu na quarta-feira passada (27), no campus da Ufal em Arapiraca, foi agendada para alinhar o entendimento e definição das ações com os parceiros locais, com investimento total de R$ 12 milhões.

O secretário iniciou a reunião explicando sobre o projeto macro e estruturante da área de C&T em Alagoas, o Parque Tecnológico e Social de Alagoas (PqTS) que reunirá diversos polos, incluindo o projeto do Polo Agroalimentar, além dos segmentos da Tecnologia e Informação e do Plástico.

Eduardo Setton também destacou que os professores e os parceiros que identificam outras áreas devem formular projetos vinculados ao Polo para que as instituições parceiras analisem e busquem recursos nos Ministérios. “Esse projeto é um dos maiores da área de ciência e tecnologia em que o Estado coordena diretamente. Ele ainda não foi construído e inaugurado, entretanto, temos que investir no crescimento e na ampliação do Polo dede já”, defendeu.

Polo
Entretanto, o projeto do Agroalimentar já está bastante adiantado em comparação aos outros. A instalação do Polo ocorrerá na implantação de dois centros tecnológicos: em Arapiraca, ocupará uma área de 1.795 m² com pesquisas focadas nas áreas de mandiocultura e hortifruticultura; e em Batalha, com a cadeia produtiva do leite, numa área de 1.900 m².

De acordo com o projeto, o objetivo geral é a “organização da produção agroalimentar do semi-árido alagoano a partir da execução de projetos de pesquisas básicas e aplicadas, incorporando processos e procedimentos de desenvolvimento e inovação tecnológica”. No final, o secretário ainda esclareceu algumas dúvidas dos professores presentes sobre o projeto, a exemplo da gestão do Polo e as pesquisas.

O Polo irá prestar serviços com foco em atender a demanda do Programa dos Arranjos Produtivos Locais – mandiocultura e hortifruticultura – e cadeia produtiva do leite, sendo responsável pela ação de biotecnologia, certificação, análises microbiológicas, entre outras. Esse projeto recebeu recursos do governo do estado e do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) no valor total de R$ 12 milhões.

O Polo é um projeto desenvolvido de forma coletiva, sob a coordenação do governo de Alagoas, por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), a Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), a Secretaria da Agricultura e Desenvolvimento Agrário (Seagri), além da Federação das Indústrias de Alagoas (Fiea), Instituto Científico e Tecnológico de Alagoas (Ictal), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Alagoas (Sebrae/AL), a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), entre outros.

Participações
Para a superintendente da Secti, Janesmar Cavalcanti, há a necessidade de atender as demandas da agricultura familiar da região e que realizará pesquisas para prestar serviços. “Vamos nos unir para que esse projeto tenha êxito, atendendo a necessidade dos pequenos produtores, além de identificarmos modelo de sustentabilidade do empreendimento. É imprescindível, para isso, a união entre as universidades”, explicou a superintendente.

Também participou da reunião o vice-reitor da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), Clébio de Araújo, evidenciando ser fundamental essa preocupação com a funcionalidade e, assim, consolidar-se como instrumento de desenvolvimento da região com foco nos pequenos produtores e ter maior facilidade de obter recursos. “Há também um desafio de aproximar institucionalmente a Ufal e a Uneal, sendo que hoje já ocorre, de forma individual, mas podemos compartilhar projetos e programas e laboratórios”, explicou.

O diretor-geral do campus da Ufal, em Arapiraca, Márcio Aurélio Lins, que convidou o secretário a apresentar o projeto do Polo, num evento articulado entre os órgãos, com a presença de todos os professores das duas universidades. Por isso, ficou definido a realização de um seminário que reúna todos os atores envolvidos – governo, universidade, pequenos produtores, setor produtivo, outros – para alinhamento de consolidação do Polo.

Após a exposição do secretário e participações dos professores, a deputada federal Célia Rocha destacou a necessidade de debater exaustivamente a pauta do modelo de governança do Polo Agroalimentar. A deputada ainda evidenciou a necessidade de haver sempre união entre as universidades, para alcançar o desenvolvimento sócio-econômico da região, e que não desistam das realizações na área de pesquisa em benefício da comunidade.

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