Creio
Por José Carlos Paiva Bruno (OABRJ 73304)
Foto: divulgação
Creio num Homem projeto, muito além de objeto…
Em vida, repleto: em morte, discreto…Bilhete secreto!
Creio atômica avaliação múltipla, astúcia de muitos pontos…
Lusos do começo, novos baianos em apreço…
Sou tamanho e momento, alegria e lamento; movimento…
Cepo sem acento, acepipe d’alquimia convento…
Simples convenção; forma da fórmica, sofisticação…
Creio em plantas e cores, diversidades amores!
Creio em delicados licores, pétalas em flores…
Amálgama em geração, fusórioembriagadaexplosão…
Creio firula efeito folhetim, tintim por tintim…
Aventura pandorasim, assim leque de Berlim!
Assanhadas palavras, saracoteando estradas, jornadas…
Jornais de um tempo inteiro, sagas gorjetas do feiticeiro…
Creio druida truques de vida, versus araques do fim…
Assim arautos de um novo Jardim, coloridas maçãs de mim!
Creio no improviso, mímica emergência do aviso…
Clemência da amazona, fogo de lua, química nua…
Creio num ir e voltar, quase criança engatinhar…
Passada que mostra pegada, marca de caminhar!
Sendo sempre começo, sou o fim que mereço…
Creio na estação do preço: se subo ou se desço…
Aroma de um lado belo, lençol apito que revelo…
Com ela me atrelo, creio não no fim, trem de jasmim!
Imanentes versos da imaginação, linhas da liberdade,
Beijo você beldade, curvas loucuras de paixão e amizade…
Existência do que simplesmente creio: começo, fim e meio…
Devaneio…