25 / 01 / 13

Fumantes podem ter até quatro vezes mais complicações nas cirurgias plásticas

Além dos malefícios já conhecidos, especialista alerta que o hábito de fumar pode interferir no pré e no pós-operatório.
Os prejuízos que o fumo causa à saúde são motivos de intensos debates e campanhas para diminuir o número de fumantes em todo o mundo. No Brasil, os últimos eventos contra o tabagismo até que surtiram algum efeito, pois recente pesquisa da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) aponta que houve uma queda, quer dizer, é a primeira vez que o País apresenta menos de 15% de fumantes, exatamente 14,8%. A notícia é relevante, porém especialistas afirmam que esse porcentual precisa cair mais, uma vez que o tabagismo pode causar outros danos, além daqueles já disseminados, como o câncer e envelhecimento precoce, por exemplo.
 Pesquisadores americanos, assim como o Médico Cirurgião Plástico e Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Dr. Marcelo Wulkan, afirmam que fumantes podem ter complicações respiratórias pós-cirúrgicas e maior dificuldade para a cicatrização. O fumo leva ao aumento da produção de radicais livres, desencadeando uma reação de oxidação – o que proporciona o envelhecimento precoce. “Além da produção de radicais livres, cada cigarro leva a um período de diminuição no calibre dos vasos sanguíneos, aporte de oxigênio e nutrientes na região da pele. Alguns estudos apontam um aumento de até quatro vezes o número de complicações e intercorrências em decorrência do tabagismo, especialmente no aparelho respiratório, necrose e cicatrização da área operada”, observa.
Nos casos em que se realizam cirurgias com amplos descolamentos, a tendência é de haver um risco maior de comprometimento do processo de cicatrização. Isso pode levar ao surgimento de necroses teciduais, deiscências de suturas (afastamentos das partes costuradas) e de coleções líquidas, dentre outras complicações. Desta maneira, é imprescindível adequar técnicas menos agressivas, com descolamentos teciduais menores para proteger o paciente de possíveis complicações, além de aconselhá-lo a cessar o fumo no pré-operatório. “Recomendo parar de fumar, no mínimo, um mês antes da plástica e por tempo variável após a cirurgia. A piora na cicatrização e aumento de complicações são conhecidos por todos os médicos e o paciente que deseja realizar a cirurgia em segurança precisa estar ciente dos riscos”, explica Dr. Wulkan.
O especialista ainda lembra que o tabagismo na cirurgia plástica de nariz (rinoplastia) pode tornar a mucosa nasal mais sensível durante a fase de recuperação. Pode ainda facilitar a tosse e infecções respiratórias de maneira que aumente a pressão arterial e pode haver sangramentos e “estourar pontos” (ex: abdominoplastia, plástica de mamas, implante de mamas, etc). Na ritidoplastia (plástica ou lifting facial), o tabagismo aumenta muito a chance de necrose (morte da pele).
“Portanto, independente do tipo de cirurgia, vale a pena o esforço de parar de fumar. O tabagismo, associado à exposição solar sem proteção, constitui um fator externo que agrava, e muito, o processo de envelhecimento natural”, alerta. O médico ainda reforça que, o interessado em realizar cirurgia plástica, deve consultar um especialista membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
Fonte: Dr. Marcelo Wulkan – Cirurgião Plástico-CRM 108732- RQE 28948
Médico cirurgião plástico com doutorado pela Faculdade de Medicina da USP é membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da International Confederation for Plastic, Reconstructive & Aesthetic Surgery (IPRAS). É também o “active member” mais novo da história da Rhinoplasty Society, a mais importante sociedade de cirurgiões plásticos do mundo com foco em rinoplastia. Foi o cirurgião plástico estrangeiro mais jovem a apresentar aula em Harvard-BIDMC. Após o término de sua residência em cirurgia plástica, optou por se especializar ainda mais em cirurgia plástica estética e reconstrutiva nos Estados Unidos em Harvard, New York University, University of Illinois at Chicago e University of Pittsburgh. Com o conhecimento adquirido nos EUA, o Dr. Wulkan se tornou o único representante no Brasil e América do Sul de um dos mais experientes centros de contorno corporal/plástica pós-grande perda de peso do mundo: o Hurwitz-Center for Plastic Surgery (centro pioneiro do Total Body Lift). Esta parceria é única e levou à criação do Wulkan-Hurwitz Center for Plastic Surgery visando ajudar pacientes dos EUA, Brasil e outros países a realizar tratamentos completos seguindo rigorosas condições de qualidade e segurança.

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