01 / 06 / 17

O rato roeu a roupa do rei de Roma!

Por José Carlos Paiva Bruno – OABRJ 73304

Lula - caricatura do Landinho (imagem Internet)

Lula – caricatura do Landinho (imagem Internet)

Estava em abstinência das brincadeiras com palavras já em 60 dias, tal qual olheiro de futebol, observando as arenas e buscando a lógica do Coliseu. Assistindo a pouco, entrevista do ex-ministro petista Gilberto Carvalho, percebi o que estamos vivendo desde o primeiro governo Lula, sabidamente o tenor lírico petista. Sindicalista das massas, notável Orfeu encantador de plateias com megafone em punho. Desde nossa descoberta, lá nos idos 1.500, onde índios anfitriões trocavam sua delação, digo colaboração e simpática anuência aos ventos civilizatórios catequistas por espelhinhos e outras bugigangas, implantado o “toma lá, dá cá”.  Realmente faz sentido o descobridor Caminha em sua primeira revelação antropológica: “em se plantando, tudo dá”.
Fato é que alguém tem que plantar, e como necessariamente os indígenas são os primeiros epicuristas do qual temos notícia, onde machos dispõe das fêmeas no trabalho pesado, vivendo dia após dia pelados e consumindo apenas recursos naturais disponíveis. Trazidos degredados pra cá, estes então começaram nosso modelo colônia penal, construindo em grilhões nossas primeiras edificações, naturalmente militares para que protegido fosse o novo mundo. Posteriormente conquistamos nossa primeira organização social em capitanias hereditárias, cujas linhas traçadas diferentemente das Tordesilhas amparadas cientificamente em Sagres, nasceram à custa do sangue dos nobres Bandeirantes, derramado em suas corajosas expedições tupiniquins. Com o domínio do Cabo Bojador e o contorno de África em nova rota das Índias, descobriram também os lusos que além dos mouros (negros que tomaram Constantinopla e escravizaram os brancos por 700 anos, inclusive torturaram e deram fim em Dom Fernando na retomada Ilha de Ceuta). Havia um costume das tribos mais embaixo. Onde os nativos negros faziam pós-guerra doméstica, igualmente escravos seus rivais, donde os navegadores vislumbraram novo tipo de “negócio”. Compravam os escravos negros dos negros e começaram o movimento de exportação da nova mão de obra pra cá. Donde por réplica da opressão vem sustentar nosso pioneiro plantio de commodities desenvolvido em razão das necessidades europeias de açúcar e posteriormente café. Já de tempos desenvolvemos nossa economia e política trabalhista pela necessidade e interesses estrangeiros. 
Finalmente com o Império Napoleônico, amedrontada família real portuguesa foge para nosso Brasil, dando-nos upgrade de “Nação”, Novamente de fora para dentro evoluímos no tranco com choque civilizatório. Fato que essa cultura de “país dos outros” começa a mudar com D. Pedro I proclamando Independência, e quando D. Pedro II bem conduzia nosso efetivo desenvolvimento, inclusive com abolição da escravatura, criação da UFRJ, entre outras inovações como desenvolvimento da telefonia. Novamente de fora pra dentro, os Positivistas arranjam a República golpe dum Deodoro alagoano gripado.
Vivemos a ditadura Vargas que deu-nos a CLT, a PETROBRAS, e a SIDERÚRGICA NACIONAL. Atualmente seriamente ameaçadas pela gestão democrática sucessora da mais recente ditadura Militar, que deu-nos autossuficiência em petróleo, os CORREIOS, vasta malha rodoviária e ferroviária, bem como planejamento estratégico energético e Universidades Federais respeitadas internacionalmente, dois Partidos Políticos suficientes, ARENA e MDB. Tudo destroçado pela atual República da Anistia Política, que importou do nostálgico exílio a gestão da calamidade. Pois que FHC começou bem (Itamar saudoso, já tinha arrumado a casa) com o Plano Real, padrinho de Aécio, aquele um dos exilados retornáveis, sendo também seu próprio mentor. Aliás, única diferença do carismático Orfeu, digo Lula, cujos mentores são José Dirceu, expertise José Sarney, Mercadante e Dilma, que também começou bem em 2003, mas permitindo-se marionete dos já citados condutores, criou a partir do “mensalão” (necessária ferramenta política), corrupção gulosa organizada de causar inveja, aqui novamente de fora pra dentro, do povo. Agora, enfrentam Lula e outros piratas aliciados suas Mênades judiciárias, aquelas que não conseguiram comprar, melhor dizendo roer a toga… 

Jose Carlos Paiva Bruno

Artigo & CrônicasNatural de Resende, Rio de Janeiro, José Carlos traduz a quarta geração do imigrante italiano Domenico Bruno. Advogado, Especialista MBA em Direito da Tecnologia pela FGV-RJ e Docência Superior pela FOA-VR, atua como Analista Administrativo na QUALIDADE DO PRODUTO em MAN LATIN AMERICA via RACING AUTOMOTIVE. Escreve profissionalmente desde janeiro/2010, desenvolvendo crônicas e poemas por um mundo melhor, uma sociedade mais justa focada na liberdade e respeito ao amanhã. Paiva Bruno, já conta com algumas dezenas de publicações em jornais e revistas no Brasil e exterior.

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