19 / 03 / 19

Uma profissional que sabe das cores

Especialista em coloração pessoal, realiza testes que visam determinar quais as cores que mais combinam e harmonizam as pessoas

 

por Marcos Toledo

Magia, luz, informação. De modo científico ou abstrato, a cor exerce um fascínio no universo provavelmente antes mesmo de a humanidade sequer pensar ou querer existir. Em um mundo cada vez mais globalizado e conectado – e em alta definição -, no entanto, as cores assumiram um papel preponderante no dia a dia das pessoas influenciando desde a imagem, passando pelo bem-estar, até o senso de oportunidade. Assim como os indivíduos são únicos, não raro requerem padrões visuais específicos de adequação para se tornarem mais atraentes. É aí que entra a figura de um profissional que tem como missão descobrir as melhores cores para cada pessoa, processo intitulado análise cromática.

Também conhecido como análise de coloração pessoal ou colorismo, esse procedimento visa determinar quais as cores que mais combinam com os tons de pele, cabelo e olhos e que vão valorizar, harmonizar e servir de moldura para o rosto de um indivíduo. Tanto quanto as próprias cores, o processo encantou a profissional de administração & marketing Lybia Fazio, que durante muitos anos atuou no mercado da indústria farmacêutica e mais recentemente se dedica ao ramo da análise cromática.

“É uma análise que a gente faz por meio de vários testes – conhecidos como Método Sazonal Expandido -, que consistem em descobrir que tons e cores mais favorecem cada subtom de pele. São 12 cartelas com tonalidades diferentes. Cada pessoa se enquadra dentro de uma dessas 12 cartelas em tons de cores que mais a valorizam, atenuam as linhas de expressão, dão uma aparência mais descansada. Manchinhas de pele também são atenuadas”, exemplifica a especialista. “Quando usamos as cores que não nos favorecem tanto, aspectos que não queremos que sobressaiam se tornam mais evidentes”, conta. “Quantas vezes não compramos uma roupa que achamos bonita no cabide e quando chegamos em casa não conseguimos usá-la?”

Ainda de acordo com a especialista, aquele gosto natural por certas cores, que todos os indivíduos possuem,
continua existindo. “Muitas escolhas já são instintivas. E a maioria das cores está na sua cartela. O que pode mudar é o tom daquela cor. Seu azul pode não ser o mesmo meu. Eu tenho azul na minha cartela e você tem na sua, por exemplo. Mas a minha é quente e a sua é fria. Então meu azul já é bem diferente do seu”, explica. “Às vezes as pessoas pensam que vão se limitar, que não vão poder usar certas cores. Não. Mas seu amarelo é aquele amarelo, aquela gama de tonalidades que vai lhe favorecer”, completa.

Lybia Fazio

Lybia Fazio

EMPREENDEDORISMO
Há mais de uma década, Lybia Fazio cursou design de moda em Curitiba, pois sempre se viu atraída por esse universo. Ao voltar, porém, abraçou-se a outras oportunidades até que não se encontrou mais tão satisfeita com o que fazia.”Resgatei o universo da moda e o colorismo foi um campo que me despertou nos últimos tempos. É uma área relativamente nova, porque mais pessoas estão conhecendo agora. Vi aí uma oportunidade de aliar o resgate de uma antiga paixão a um método que está sendo expandido e ainda não está tão massificado.”

O público-alvo da empreendedora é a mulher ou o homem que quer praticidade e escolhas assertivas, no que diz respeito ao que mais favorece a pessoa. Outro aspecto é o da praticidade, como ter um armário mais funcional, em que todas as peças conversam entre si. “Você não precisa quebrar a cabeça para montar looks, uma vez que sua paleta está dentro de uma harmonia. E, na hora de fazer as compras, vai acertar. Não vai gastar tempo e nem dinheiro com escolhas que não lhe favorecem”, enfatiza.

Até mesmo em momentos mais simples, do dia a dia, o colorismo se torna uma ferramenta imprescindível para quem quer se apresentar de uma forma melhor, ou mesmo parecer mais jovem e mais descansado.

“Às vezes uma pessoa lhe diz: ‘Puxa, mas você está tão abatido hoje, tão cansado’. E você diz: ‘Não. Estou normal’. Ou lhe diz: ‘Está tão bonito hoje’. E você: ‘Não. Não fiz nada de diferente’. Isso é porque aquela camisa, que traz cores usadas próximas a seu rosto, está lhe favorecendo”, afirma.

No caso de quem utiliza maquiagem, o colorismo se torna ainda mais importante. “Setenta por cento corresponde à maquiagem e ao cabelo. A pessoa com a maquiagem e o cabelo certos já tem metade do caminho andado”, diz Lybia.

O PROCESSO
O teste de análise cromática precisa ser realizado com boa luz e presencial. Alguns profissionais o realizam via
internet. No caso de Lybia Fazio, ela foi orientada por sua mentora – Luciana Ulrich, do Studio Imaginne, de São Paulo, criadora do Método Sazonal Expandido – a combater essa opção de análise. “Via internet você não sabe se há um filtro, ou se a pessoa está usando algum tipo de maquiagem, e as cores podem parecer um pouco distorcidas. A pele da pessoa não se mostra como é ao vivo, o que me atrapalharia para um diagnóstico mais assertivo”, justifica.

O serviço dura mais ou menos uma hora. Durante esse processo são passados diversos tecidos diferentes que mostram como isso se reflete na pessoa. Ao encontrar a paleta de cores do cliente, a especialista avalia roupa, cabelo e maquiagem. Dependendo do tom de uma determinada vestimenta, mais opaco ou com mais brilho e vivacidade, cada pessoa pode ficar com a pele mais clara ou mais escura, ou com olheiras mais (ou menos) evidentes, ou mais (ou menos) iluminada. Terminado o processo, em até 48 horas a especialista envia por e-mail um dossiê com a análise do cliente, com algumas sugestões de preferências de cabelo, maquiagem e roupa, com combinações dentro da paleta. Se a pessoa desejar, pode adquirir a paleta propriamente dita, como um produto. Mesmo que a análise provoque muitas mudanças no guarda-roupa não significa que o cliente vai dar fim a todas as peças que ficaram fora da cartela. “Existem macetes que fazem neutralizar isso”, ressalva Lybia. “Às vezes a pessoa tem uma blusa que não é de sua paleta, mas adora a cor. Não tem problema. Ela não fica impedida de usá-la, mas vai ter que prestar mais atenção à maquiagem e/ou ao cabelo e caprichar um pouquinho mais no conjunto”, exemplifica. “Nada é proibido. É um norte. Eu não tenho preto na minha cartela. Preto não é uma cor boa para mim. Mas eu gosto. Não vou deixar de usar preto. Então, no dia em que uso preto na parte de cima, próximo ao rosto, opto por um decote maior, que mostre mais pele, com um acessório, como um colar ou um brinco, dentro da minha cartela. Um batom correto, dentro de sua paleta, já muda toda a história. Só tenho que ter a consciência de que o preto não me favorece e buscar elementos que neutralizem essa cor que não é tão boa para mim.”

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Isabelle Accioly

Moda, Beauty & LifeStyle @isabelle_acciolyJornalista (MTB 1469/AL), formada em Marketing e Administração Financeira pela FAL- Estácio de Sá (AL) e especialista em Moda e Jornalismo de Moda pela Faculdade Estácio de Sá (RJ). Belle Accioly é apresentadora de TV da TV EVDCIA, fashion blogger, consultora de moda, imagem e estilo, figurinista e produtora de moda para filmes, TV e cinema. Atualmente faz parte do elenco do programa "Mais Estilo", da TV Mar, apresentando o quadro de Moda&Beleza; jornalista de Moda do Jornal Primeira Edição (impresso e on line); Revista AutoEstima (Curitiba-PR), Revista 100Fronteiras (Foz do Iguaçú/PR), maceio40graus.com.br e da revista eletrônica glorinhacohen.com.br (São Paulo-SP); Diretora de Marketing & Comercial da Revista Evidência Cosmopolita, revistaevidencia.com e TV Evidência. Foi colaboradora do site Ciro Batelli - Unique Style (SP), Jornal Ponta Verde (AL) e Jornal 40graus (AL); apresentou o programa de TV, "Gente em Evidência" (SBT), e atuou como jornalista-repórter nas emissora de Tv: MTV/NE e TV 40graus (Canal Net e youtube). Atual Relações Públicas da Mídia Brasil Associados (MBA); Diretora Regional da Abraccone (Associação Brasileira de Comunicadores e Colunistas Norte/Nordeste) seção Alagoas; filiada a Febraccos e Alacos.

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