O Dr. Júlio Lustosa, neurocirurgião, nos fala sobre a doença de parkinson e o tratamento cirúrgico.
A doença de parkinson é a patologia degenerativa do sistema nervoso mais frequente. A organização mundial de saúde (OMS) publicou que aproximadamente 1% da população acima de 65 anos no mundo é acometida com a doença de parkinson. No Brasil, cerca de 200 mil pessoas sofrem dessa doença. É uma doença caracterizada por quatro principais sintomas: tremor, rigidez, lentidão nos movimentos e uma instabilidade na postura, com desequilíbrio, alteração da marcha (caminhar). O tratamento para doença, inicialmente é medicamentoso. Assim que diagnosticado sempre por um neurologista. Existem várias medicações que de acordo com os sintomas e com a intensidade desses sintomas, são prescritas pelo neurologista. O tratamento cirúrgico tem indicação para os casos que são refratários ao tratamento clínico. Ou seja, quando o paciente deixa de responder as medicações. A cirurgia ela não cura o parkinson e nem estaciona. Pois, é progressiva. A velocidade da progressão pode variar de paciente pra paciente. Mas, a cirurgia consegue aliviar os sintomas da doença por alguns anos. Por muitos anos! Vale muito fazer! A cirurgia consiste na interrupção de algumas vias no sistema nervoso central, que chama de cirurgia ablativa ou na estimulação de estruturas profundas do cérebro, através de um eletrodo que é conectado a um marca-passo e essa estimulação leva a melhora dos sintomas do parkinson. A cirurgia é disponibilizada em rede hospitalar privada e pública.
Dr. Júlio Lustosa
Neurocirurgião
CRM/PE 12169 | RQE 100024
@drjuliolustosa