Um projeto vitorioso das artes plásticas de Alagoas

A coordenadora do projeto Museu no Balanço das Águas, a artista plástica Maria Amélia Vieira, fala do desempenho do barco-museu, das conquistas e as perspectivas para 2011. Maria Amélia é conhecida pelas suas belas obras e pelas assertivas ações em projetos de crescimento das artes plásticas de Alagoas.

Gigi Accioly: Como surgiu a ideia do Museu Balanço das Águas?
Maria Améia: Em 2008, nas viagens de descobertas que fazíamos ao longo do Baixo São Francisco. Percebemos que o rio e suas margens guardavam preciosidades materiais e imateriais.

G.A – Qual o objetivo do Museu?
M.A – Possibilitar a divulgação do acervo e ações culturais ao largo do rio, nas comunidades ribeirinhas, margens esquerda e direita, beneficiando os estados de Alagoas e Sergipe. Todos sabem que dispomos de um acervo magnífico. Parte desse acervo foi disponibilizado em regime de comodato, durante 15 anos, pela Karandash e seus sócios, Dalton e Eu, para que fosse possível criar um Museu. O Museu no Balanço das Águas, hoje, é um Núcleo do Museu Coleção Karandash de arte popular e contemporânea.

G.A – Quais as cidades que já foram beneficiadas com o projeto?
M.A- Em Alagoas – Piranhas, Entremontes, Pão de Açucar, Ilha do Ferro, Belo Monte e Traipu. Em Sergipe – Niteroí, Ilha do Ouro e Gararu.

G.A – Quais os resultados do projeto em 2010 para a comunidade ribeirinha?
M.A – Mais uma vez, contemplados no Programa BNB de Cultura Parceria BNDES, tivemos a possibilidade de adquirir o barco, reformá-lo e fazê-lo existir fisicamente. Como contra partida fizemos várias oficinas de arte-educação inaugurando o barco museu que levava uma bonita exposição do Artista Fernando Rodrigues – O seu Fernando da Ilha do Ferro, com apoio do Sebrae-AL, SESC, Secretaria de Estado de Cultura, Secretaria de Estado de Turismo e Prefeituras de Pão de Açúcar, Porto da Folha, Belo Monte, Gararu e Traipu. Os resultados foram maravilhosos como percebemos na mídia (tv, jornal e blogs).

G.A. – Qual a agenda do museu para 2011?
M.A – Em fevereiro, oficinas de arte nos povoados de Bom sucesso e Mata da Onça. Durante o ano, faremos a produção do projeto Cinema no Balanço das Águas contemplado pelo Programa BNB de Cultura 2011. Parceria BNDES. Além de levarmos o barco com uma exposição de arte contemporânea ao longo do rio, realizaremos oficinas de fotografia e vídeo com as comunidades da Ilha do Ferro e Entremontes. Em dezembro, o Museu levará o resultado dessas oficinas com exposição das fotos e apresentação do vídeo para cidades ribeirinhas ao longo do rio. “Imagine testemunhar olhares e imagens vindas dessas comunidades. É estimulante…”, completa Maria Amélia Vieira.