02 / 08 / 22

Na violência contra a mulher, a empresa pode e deve meter a colher

violência contra a mulher

Na violência contra a mulher, a empresa pode e deve meter a colher

Foto: divulgação

O número de mulheres vítimas de violência cresce de forma espantosa no Brasil e no Mundo. Lamentavelmente é uma realidade social mundial. Segundo dados estatísticos, o Brasil está no5º lugar no ranking mundial de feminicídios. Mais de 50 mil mulheres são agredidas por ano no Brasil, de acordo com a Organização Mundial da Saúde; na América Latina, nove mulheres são assassinadas por dia

Para o professor universitário e gestor de carreiras, Ricardo Machado, o mundo corporativo pode e deve participar de forma objetiva na mudança cultural da violência contra a mulher. Segundo ele, as empresas possuem um papel fundamental neste processo social. Perguntado sobre como as organizações podem ajudar a mudar esse quadro vergonhoso, o gestor de carreiras Machado destaca que parte dos homens que estão nas manchetes dos noticiários e cometendo estes crimes de agressão e feminicídio contra as mulheres, também são aqueles mesmos profissionais que passam boa parte das horas do dia dentro do ambiente profissional, trabalhando normalmente. A primeira pergunta que muitos podem pensar: “e daí? O que as empresas têm com isso?”.

O gestor de carreiras Machado faz uma reflexão. “Qual empresa gostaria de ver um de seus funcionários como figuras machistas e criminosas? Pelo contrário, elas querem que seus colaboradores sigam a mesma boa imagem que sua publicidade deseja passar. Então, por que não agir na causa e não apenas no efeito de simplesmente demitir um funcionário agressor”, pondera.

A proposta do professor Machado é que as empresas invistam em educação social junto aos seus colaboradores com campanhas para tentar colaborar com a extinção desta postura cultural agressora. “Assim, evitaria a associação da empresa à imagem ruim e a demissão de, talvez, um bom funcionário e verdadeiramente colaborar com uma sociedade melhor. Então, funcionários, diretores e departamentos de recursos humanos, vamos agir. Vamos verdadeiramente meter a nossa colher nesta questão, porque na violência contra a mulher, a empresa pode e deve meter a colher”, afirma.

 

João Costa

João Costa é jornalista, assessor de imprensa e relações públicas, além de membro ativo da Associação Paulista de Imprensa (API). Reconhecido por sua atuação em prol das questões sociais e da promoção das relações humanas, defende de forma intransigente a liberdade de imprensa e de expressão. Sua trajetória é marcada por uma atuação coerente e estratégica na área de comunicação como um todo. Ao longo de sua carreira, recebeu importantes reconhecimentos, entre eles: • Prêmio Odarcio Ducci de Jornalismo • Prêmio ABIME Comunicação – 2024, da Associação Brasileira de Imprensa de Mídia Eletrônica • Prêmio Iberoamericano de Jornalismo • Título de Referência em Comunicação pela ANCEC – Agência Nacional de Cultura, Empreendedorismo e Comunicação • Reconhecimento em Direitos Humanos pelo Instituto Dana Salomão • Menção Honrosa do Lions Clube Internacional (RJ) Sua experiência internacional inclui participação em eventos da Embaixada do Gabão no Brasil, onde atuou como intérprete oficial durante um jantar beneficente, a convite do embaixador, com a presença do Vice-presidente da República. Além disso, João Costa participa ativamente de congressos, conferências, workshops e eventos online, sendo uma voz influente nas discussões sobre mídia, cultura e direitos sociais.

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