19 / 06 / 25

Lesão Renal Aguda: as diferenças entre mulheres e homens

 

Por Dr. Luiz Guilherme Almeida

Olá sapiens!

Você sabia que homens e mulheres podem responder de forma diferente a uma Lesão Renal Aguda (LRA)? A ciência tem mostrado que essas diferenças vão muito além do que imaginamos, envolvendo aspectos genéticos, hormonais, celulares e até mesmo ambientais.

Por que isso importa?
Entender como o sexo influencia a LRA pode nos ajudar a personalizar tratamentos, melhorar o prognóstico e até prevenir a doença em grupos de risco.

O papel dos cromossomos e hormônios
Nossos cromossomos sexuais (XX nas mulheres e XY nos homens) e os hormônios gonadais, como estrogênio e testosterona, têm efeitos profundos nos rins. Por exemplo, o estrogênio tem um efeito protetor, ajudando o rim a resistir à lesão, enquanto a testosterona pode aumentar a vulnerabilidade. Isso é especialmente evidente quando comparamos mulheres pré-menopáusicas, que têm menos incidência de LRA, com homens da mesma idade.

Além disso, estruturas importantes dentro das células renais, como as mitocôndrias — que geram energia para a célula — também funcionam de maneira diferente em homens e mulheres, contribuindo para essa disparidade.

Lesão Renal Aguda: as diferenças entre mulheres e homens

Inflamação e resposta imune
A inflamação é uma marca registrada da LRA. Aqui, novamente, vemos diferenças sexuais. Mulheres tendem a ter um perfil imune mais regulado, com mais células que controlam a inflamação, enquanto nos homens o processo inflamatório pode ser mais agressivo, potencialmente aumentando o dano renal.

Calor, ambiente e risco renal
Com o aquecimento global, a exposição a altas temperaturas tem sido associada a um aumento de casos de LRA, especialmente em homens que trabalham em ambientes quentes. O corpo responde ao calor ativando vias que podem prejudicar o rim, e essas respostas parecem variar entre os sexos.

O futuro da medicina renal personalizada
Essas descobertas destacam a importância de considerar o sexo biológico em estudos e tratamentos de LRA. Ainda precisamos de mais pesquisas para entender completamente esses mecanismos, mas já está claro que o “tamanho único” não funciona quando falamos de rins.

Fique atento, cuide do seu corpo e lembre-se: a prevenção começa com o conhecimento!

Cuide-se!

Lesão Renal Aguda: as diferenças entre mulheres e homens

Luiz Guilherme Almeida

Saúde e Bem-estar Luiz Guilherme Almeida (CRM/AL 6134 | RQE 3731) Atualmente é Presidente da Regional Alagoas da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, conselheiro regional de medicina em Alagoas CREMAL (2018 a 2023 / 2023 a 2028), associado n 28523 da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Diretor Sócio Cultural e Intercâmbio (2020 a 2023) e Conselheiro Científico (2023 a 2026) da Sociedade de Medicina de Alagoas (SMA - AMB-AL), federada à Associação Médica Brasileira. Consultor Científico do Instituto Mundaka, para estudo de terapias com cannabis medicinal e fármacos psicodélicos. Tem experiência em terapia intensiva, área que atua desde 2002, e Nefrologia com ênfase em Hipertensão Arterial e Doença Renal do Diabetes. Ambulatório de Nefrologia e Hipertensão do Hospital do Coração Alagoano Professor Adib Jatene, CEO da W Life sapiens center, representante de Alagoas no Departamento de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia DHA SBC (2020 a 2024). Possui Título de Especialista em Nefrologia pela Sociedade Brasileira de Nefrologia SBN/AMB e em Clínica Médica pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica SBCM/AMB.

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