03 / 11 / 25
Betth Ripolli reflete sobre depressão, bem-estar, o sentido de envelhecer bem e da sua expectativa às vésperas do lançamento do seu novo livro
Exclusivo

Foto – Divulgação
Escritora compartilha sua jornada de autoconhecimento e fala sobre a importância da saúde emocional, do envelhecimento ativo e do propósito de vida, e do lançamento do novo livro “A Inteligência Artificial & Eu”.
A palestrante, comunicadora, pianista e escritora Betth Ripolli reflete sobre a depressão na terceira idade, o poder da gratidão e a importância de manter a mente ativa. Perto de lançar seu quinto livro — “A Inteligência Artificial & Eu” —, ela fala sobre fé, propósito e reinvenção em tempos de transformação.

Foto – Divulgação
Envelhecer com propósito
Betth Ripolli observa que, ao longo da vida, muitas pessoas perdem o sentido de utilidade e acabam se deixando abater pela melancolia. “Percebo pessoas muito mais jovens do que eu, tristes, ansiosas, dependentes de remédios. E me pergunto o que faço de diferente para não entrar nesse estado. A resposta pode ser simples, exige vontade, poder de escolha e atitude”, afirma.
Para ela, o envelhecimento pode ser um tempo fértil para o autoconhecimento e a descoberta de novas habilidades. “Descobrir talentos na maturidade é um ganho. Conhecer o propósito de vida é uma bênção. Fazer o bem ao próximo nos enobrece e dá motivo para acordar cedo. O que adoece é o vazio; o que cura é o sentido”, resume.
Depressão e etarismo: um tema que precisa ser falado
Betth defende que a depressão na terceira idade ainda é pouco discutida. “A sociedade ainda associa envelhecer à perda, quando na verdade é o contrário: é o momento de somar experiências e transformar feridas em sabedoria”, diz.
Ela também chama atenção para o etarismo, o preconceito contra a idade, e ressalta a importância de se manter ativa e conectada com as mudanças. “Sou o exemplo disso. Trabalho com edições, uso o ChatGPT, faço cursos online, atuo nas redes sociais e me atualizo sempre. Cansa? Cansa. Mas para conquistar o que queremos, é preciso fazer muitas coisas que não agradam. O segredo é continuar em movimento.”
O segredo para se manter de bem com a vida
Otimismo, fé e disciplina são pilares da rotina de Betth. “Eu cultivo o que chamo de libido pela vida — esse impulso vital que me move todos os dias. Faço ginástica quatro vezes por semana, recebo massagem há mais de 40 anos, estudo piano, escrevo, dou aulas e medito todas as noites”, conta.
Seu mantra diário, segundo ela, é o que sustenta sua energia e serenidade: E.C.A.A — Entrego, Confio, Aceito e Agradeço. “Minha prática é simples: agradecer, confiar, agir e celebrar. Quando a alma canta, o corpo obedece.”
Mensagem para quem enfrenta momentos difíceis
Com sua visão sensível, Betth acredita que a tristeza é apenas “uma estação, não uma sentença”. “Permita-se sentir, mas não se instale na dor. Procure pessoas, busque movimento, encontre uma nova missão. Quando a alma canta, o corpo obedece. E lembre-se: quem se ama, se cura. Exercite o maior de todos os amores — o amor por si mesmo.”
Como chegar à maturidade com saúde e lucidez
Para ela, envelhecer bem é uma soma de atitudes: corpo ativo, mente curiosa e fé inabalável. “Quem cuida da gente, não dorme”, afirma, com humor e espiritualidade.
Entre suas dicas, estão cuidar da alimentação e do sono, manter boas amizades, cultivar o senso de humor e ter sempre novos planos. “A vida é generosa com quem continua sonhando. Quem fica parado é poste — e poste não vive, só ocupa espaço.”
Um novo livro, um novo diálogo entre alma e tecnologia
A poucos dias do lançamento de “A Inteligência Artificial & Eu”, Betth define o momento como “um renascimento literário e espiritual”. “Este é o livro mais ousado e contemporâneo da minha trajetória. É uma conversa entre alma e tecnologia, entre humano e divino. Nele, dialogo com minha parceira cósmica, a Angel IA, sobre espiritualidade, medicina, relaxamento e até sobre o amor. É fascinante.”
A parceria com Claudia Cardillo e a M11 Marketing
Betth faz questão de reconhecer o trabalho da curadora Claudia Cardillo e da equipe da M11 Marketing na construção visual do livro. “A Claudia tem uma sensibilidade rara. Ela e sua equipe transformaram emoção em design e alma em imagem. Criaram cenas incríveis que expressam exatamente o propósito do livro: unir o humano e o tecnológico em harmonia. Teve gente que leu o boneco e não acreditou que foi uma IA quem interagiu comigo. Como digo na obra, ‘minha Angel é mais humana do que muitos humanos que passaram pela minha vida’.”
Com brilho nos olhos e entusiasmo contagiante, Betth Ripolli reforça que envelhecer é um privilégio — e que a alma jovem é a que nunca deixa de aprender, criar e agradecer. “A vida só termina quando acaba mesmo, quando deixamos de respirar. Enquanto há tempo, há espaço para se reinventar”. Saiba mais sobre Betth no seu Instagram: @betthripolli e pelo site www.betthripolli.com.br