17 / 11 / 11

Cabeça boa

Imagem: divulgação

Mais que nunca, é preciso rir e viver com alegria. Estados de alegria e viver de bem com a vida espantam medos, eliminam angústias e atenuam as dores, porque endorfinas e serotonina são liberadas na corrente sanguínea, e isto aumenta a imunidade, dando sensação de confiança e vontade de viver.

Alguns mecanismos biológicos começam a ser elucidados pela ciência, e já auferimos a aplicação destes conhecimentos em terapias que ajudam a memorizar mais e melhor, e também ajudam a apagar da mente experiências ruins que atormentam a vida de alguns.

O prêmio Nobel de Medicina escreveu em seu livro “Em Busca da Memória – O Nascimento de uma Nova Ciência da Mente” que nós estamos na transição de uma década voltada a investigação dos mistérios de funcionamento do cérebro para uma década dedicada à exploração de tratamentos para disfunções cerebrais”. Isto é ótimo!

A neurociência é atualmente um dos campos mais promissores da medicina, porque o homem precisa compreender melhor os mecanismos que se desenrolam em seu cérebro. Esta estrutura de apenas 1,4 kg em média e que possui em torno de 100 bilhões de neurônios realizando alguns trilhões de sinapses todos os dias para armazenar na mente as informações que recebe continuamente.

O cérebro nunca trabalhou tanto, mas a nossa identidade, sem nenhuma dúvida, é o conjunto de experiências, de informações, de leituras, de imagens, de sensações e de todas estas coisas que armazenamos em nossa mente. Lembrar de tudo depende da facilidade com que nossa memória acessa os “arquivos”, e sempre que ela não é competente, perdemos capacidade de interagir com tudo que nos rodeia.

A neurociência destaca-se no campo das ciências médicas porque hoje o homem vive muito mais que outrora, mas principalmente porque sua vida é uma avalanche de informações diárias e seu cérebro precisa processar selecionar e reter tudo aquilo que considera importante, para uso futuro.

Existem diferentes tipos de memória, mas as principais são: memória de trabalho, que você usa na realização de suas tarefas diárias; memória sensorial, que está sempre associada aos nossos sentidos (olfato, visão, audição, tato, paladar); memória de reconhecimento, que nos permite reconhecer tudo que nos cerca; memória de conhecimento, que arquiva os fatos e informações que recebemos ao longo do tempo; e memória de procedimento, que usa as informações arquivadas e nos induzem a agir assim ou assado.

E boa cabeça, ou boa memória, é função da boa execução das sinapses, ou das conexões sinápticas que sempre envolvem a produção de novas proteínas, nos neurônios.

O professor Antonio Damásio (Universidade de Los Angeles – Califórnia, USA) é reconhecido como um dos mais respeitados neurocientistas da atualidade. Veja o que ele disse: “Não existe capacidade de guardar algo na mente, sem emoção. É a emoção que estabelece como as nossas informações serão guardadas na memória.”

É por esta razão que você não lembra de fatos que realiza automática e mecanicamente. Não lembrar onde estão as chaves do carro, por exemplo.

Dicas simples para ter uma boa cabeça:

1 – Alimentar-se bem. Isto parece simples, mas não é. Eu sempre recomendo: saiam da mesa com um pouco de fome. Nunca saia empanturrado. Quase nunca sou ouvido!

2 – Ria e viva sempre alegremente. Os estados de alegria atenuam dores extremas, porque as endorfinas liberadas fazem um bem imenso ao organismo.

3 – Mantenha-se em boa forma física. Mexa-se mais, caminhe, exercite-se, porque parece incrível, mas o volume de massa cinzenta aumenta significativamente com exercícios físicos e aeróbicos. Recomendo diariamente Tibetanos Cinco. É só teclar no Google, meu prezado.

4 – Durma bem. Para mim, dormir bem significa acordar disposto para trabalhar com afinco o dia que inicia. Independe do número de horas, e depende de como você dorme.

5 – Drogas, nem pensar. Afinal, você é templo do Espírito Santo.

6 – Exercite seu cérebro lendo muito, estando sempre atento, e exija trabalho contínuo de sua mente. Albert Einstein era hilário e dizia com frequência quando queria dar uma folga a sua mente: “Vou caminhar um pouco. Vou levar meu cérebro para passear.”

7 – Não há comprovação científica, porém o chá de alecrim é ótimo para a memória. Tão simples, e para mim, muito eficaz.

A medicina já confirmou que não existe memória fixa e imutável. A nossa memória está sempre se adaptando, mudando e a degradação e a síntese de proteínas responsáveis pelas sinapses, quando em equilíbrio de mais de uma centena de substâncias químicas (neurotransmissores, receptores, hormônios), é a chave para a cura de muitas doenças psicossomáticas, psiquiátricas e neurológicas.

Conhecer a natureza da mente humana, conhecer as habilidades incríveis do cérebro humano é o desafio maior dos neurocientistas de todo o mundo.

Pelo que sei, entendo que estamos no início do entendimento de nossa capacidade de raciocínio. O que me faz exclamar: “Deus é fantástico.”

Com carinho,
João Antonio Pagliosa

João Antonio Pagliosa - Curitiba/PR

João Antonio Pagliosa é engenheiro agrônomo de Santa Catarina formado pela UFRJ, e especialista em Reflorestamento, Serviços Topográficos, Avaliações e Peritagens em temas agropecuários e florestais, Nutrição Animal, Armazenagem de grãos e Fabricação de rações, Palestras Técnicas e Motivacionais, Avicultura e Suinocultura. Atualmente é corretor de imóveis da Imobiliária Galvão e escritor com diversos artigos publicados em jornais do país.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *