09 / 01 / 12

Coloque a boca no Trombone

Foto: Internet

Considero necessário evidenciar que estamos (os brasileiros) muito longe de ascender à condição de nação desenvolvida. É lastimável, mas real!

País de primeiro mundo ainda é sonho distante, apesar de sermos a sexta economia do planeta, e apesar do otimismo inoportuno e paradoxal de nossos governantes, cuja mendacidade intriga e deixa perplexa a mente dos lúcidos.

Mesmo com a incrível paralisia das economias de países desenvolvidos, que até ontem se vangloriavam de suas capacidades administrativo-gerenciais, e mesmo com cenários absolutamente favoráveis a nossa franca expansão econômica, alicerçado fundamentalmente por alta sem precedente nos valores das commodities, o país cresce minimamente, patina teimosamente e perde um verdadeiro absurdo em competitividade. Isto ocorre com orgulhosa incompetência de muitas autoridades de muitas esferas de poder.

Nossa infra-estrutura é incompatível com a capacidade de produção de riquezas deste colosso de país, e é amarga ilusão crer que o Brasil alcançará nível de vida de primeiro mundo, sem uma radical mudança na aplicação de investimentos públicos e privados.

O imobilismo governamental a nível federal é gritante!  Não podemos procrastinar um sem número de melhorias estruturais que são elementares e imprescindíveis, ao nosso progresso. E paralelamente há uma montanha de ministérios com montanhas de pessoas batendo cabeça sem saber bem o que fazer, quanto mais como fazer.

Verdades simplórias como estradas adequadas ao escoamento de nossas safras agrícolas e ampliação da capacidade de armazenagem de grãos; ampliação e melhorias de portos e aeroportos para agilizar recebimento e expedição de mercadorias, ainda são sonhos na cabeça de milhões de pessoas e urge concretizar tais sonhos, se almejamos um amanhã mais promissor, mais digno e mais feliz.

E invariavelmente todas as áreas de nossa infra-estrutura são muito deficientes e carentes de recursos. E isto precisa ser revisto e planejado e obviamente melhorado. O dinheiro, todos sabem, é escasso.

Em que pese à brutal e ilógica arrecadação de impostos, necessitamos recursos para estas melhorias e compete ao governo criar mecanismos que viabilizem e tornem atraentes e exequíveis investimentos nesta infra-estrutura á beira do colapso.

Isto é vital para o país dar um salto desenvolvimentista e conseguir, aí sim, um lugar ao sol.

Precisamos, para o bem de todos os cidadãos brasileiros, reestudar e reavaliar urgentemente nosso sistema tributário. Há anos se posterga esta ação e a ganância governamental é uma atrocidade infame. Uma constante dor de cabeça ao nosso empresário que enxerga na postura do governo, apenas um sócio que lhe esgota recursos.

A educação precisa ser prioridade em qualquer governo mas o que temos visto é uma desastrosa vergonha e um acinte a todos os brasileiros. É um absurdo imaginar que teremos justiça e paz social e adequada distribuição de riquezas, com um sistema educacional falido, ultrapassado e que se esmera em desvirtuar valores intrínsecos ao caráter e a moral do nosso povo.

Ouço cotidianamente muitas asneiras e mentiras grotescas de vilões travestidos de homens públicos. Presencio diuturnamente, bandidos caras de pau, se pronunciarem indignados na telinha, quando suas maracutaias vem à tona, e tenho observado atônito que estes insensatos nunca devolvem a grana que surrupiaram. Que justiça injusta!

Tenho assistido a indolência e passividade de milhões de brasileiros com seu conformismo patético. E dizem, sempre: “Que se pode fazer? O Brasil é assim e as coisas não vão mudar.”

Prezado leitor, nós não podemos nos conformar com esta bandalheira toda, e não podemos ser coniventes com este caos que dificulta e inferniza a nossa vida. Precisamos buscar e correr atrás de um Brasil que dê felicidade e alegria e prosperidade para todos.

Faça a sua parte. Denuncie as arbitrariedades funestas, os aconchavos corporativistas, os fisiologismos contraproducentes, a corrupção, o roubo, o saque das riquezas do país. COLOQUE A BOCA NO TROMBONE. Denuncie e não deixe barato os crimes de colarinho branco. Não deixe barato qualquer crime e ouse enfrentar o mal.

Sempre e de forma definitiva.

Com carinho,
João Antonio Pagliosa

João Antonio Pagliosa - Curitiba/PR

João Antonio Pagliosa é engenheiro agrônomo de Santa Catarina formado pela UFRJ, e especialista em Reflorestamento, Serviços Topográficos, Avaliações e Peritagens em temas agropecuários e florestais, Nutrição Animal, Armazenagem de grãos e Fabricação de rações, Palestras Técnicas e Motivacionais, Avicultura e Suinocultura. Atualmente é corretor de imóveis da Imobiliária Galvão e escritor com diversos artigos publicados em jornais do país.

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