Rogério Rosa, o Midas Catarinense
Fotos: divulgação
Um case de auto superação inspirador. Passemos rapidamente pelo highlight do primeiro capítulo, antes de destrincharmos minuciosamente os outros dois ao longo da narração: nos anos 1980, um jovem magrinho prepara lanches num trailer e sonha subir na vida. Blackout.
Abrem-se as cortinas. Segundo capítulo. Enquanto engenheiros viram sucos e sobrenomes com pedigrée jogam fortunas fora no dolce far niente, na contramão do desfile de playboys perdulários, vemos uma história de transmutação. Quem diria? O “chef” do trailer tinha o toque de Midas. Montava camadas de frios e pães há três décadas. Hoje, monta andares de luxo e requinte. Preparava o molho do sanduíche. Hoje, prepara cimento, areia, pedra, água e glamour.
Será que dobrar a letra no monograma atrai alguma sorte? Veja: Rolls-Royce, Silvio Santos, Marilyn Monroe, Brigitte Bardot… Para Rogério Rosa também está valendo.
O rei da metafísica é mestre em “O Segredo” há décadas, antes mesmo que a ideia de visualizar para plasmar se popularizasse. E ainda usa os princípios da astrologia chinesa a seu favor. É obcecado por detalhes e focado na Classe A. Um homem que plasma o destino de sua empresa com ideias, iniciativa, criatividade, liderança, conhecimento generalista e inteligências múltiplas sobre diversos setores da vida corporativa.
Visionário ainda rima com extraordinário, revolucionário e milionário. É quem possui a rara habilidade de aliar visão à competência. Enxerga o futuro. Prevê tendências e antecipa mudanças, ao invés de ser simplesmente atropelado por elas.
Certa feita, numa entrevista na tríplice fronteira, Ciro Batelli destacou o que foi feito em Nevada, numa cidade ferroviária de clima semiárido que estava em decadência chamada Las Vegas. Tudo construído por mãos humanas à beira de um deserto. Através do turismo, Vegas se transformou num importantíssimo polo econômico americano, a capital mundial do entretenimento. Então, Ciro comparou com o Brasil, com paisagens naturais belíssimas, feitas pelo divino arquiteto, e lamentou a falta de hotéis e infraestrutura para usufruir das belezas daqui. Pode ficar tranquilo, Ciro. No terceiro capítulo, que ainda está sendo escrito, o maior construtor de Balneário Camboriú resolve entrar no mercado de hotelaria em terras açoriano-tupiniquins.
Prossigamos retornando à definição de visionário: aquele que imagina cenários futuros, utilizando-se de imagens mentais. Percebe possibilidades dentro do que parece ser impossível. Tem pensamentos inovadores. Transforma a situação mais trivial em uma oportunidade excepcional, é sonhador, inovador, estrategista. Edifica o irrealizável. Movimenta os astros ao seu favor. Isso descreve nosso personagem central, Rogério Rosa. Corte rápido para a próxima cena. Um moreno de calça branca, polo azul infinity blue e uma aura de autoconfiança que brilha tanto quanto o astro-rei, numa tarde ensolarada no litoral catarinense, à beira do complexo de piscinas, saca seu iPhone e passeia sorridente de uma imagem a outra do que será o Infinity Blue Resort & Spa, num futuro que ele plasma com sua vibe fortíssima. É Rogério Rosa plasmando o destino. Explica o que será construído tão logo fiquem prontas as licenças ambientais. Um mix de Vegas/Dubai/Miami, com hotel de luxo, marina para cruzeiros, shopping para classe AAA, teatro feito o Scala de Milão, para abrigar grandes e luxuosos espetáculos, 15 restaurantes temáticos, 2 mil apartamentos residenciais, estacionamento para 10 mil carros. Tudo sendo materializado pelo seu poderoso querer.
Aposto todas as minhas fichas nessa jogada de mestre.