12 / 03 / 12

Velozes e Furiosos

É possível acompanhar a velocidade do mundo atual sem afetar a saúde?

Imagem: Internet

Velozes e Furiosos. Filme? Não. Vida real!

A velocidade das informações, a exigência do mundo moderno, a globalização, a era da tecnologia, como você tem acompanhado tudo isso?

É profissional, atento, antenado; precisa acompanhar esta velocidade do mundo dos negócios e dar conta de ser “gente”. É! “Gente”! Há quanto tempo você não fala com aquele amigo? Há quanto tempo não conversa com seus pais? Com seus filhos? Isso, muitas vezes, morando na mesma casa (hóspedes?).

Você é um Ser Humano: filho (a), pai, esposo (a), tem família, tem amigos, tem pessoas ao seu redor que lhe são importantes.

Como estão seus relacionamentos? Como você está? Correndo, correndo , correndo (veloz?). “Não tem tempo”?

A comunicação entre as pessoas parece estar completamente falida. Um fala, o outro não ouve. Um quer ouvir e outro não fala. Quando fala, grita! (furioso?)

Alguns nem falam, nem ouvem: explodem.

Outros, que só ouvem, não conseguem reagir: implodem, adoecem.

O mundo não para, não é? Você “tem” que dar conta de tudo isso…! “Tem”?  Será que não falta foco?

Será que já não passou do seu limite? Será que “tem” que atender a todos os “tem, tem, tem…” que este ritmo de vida impõe?

Está seguindo o fluxo! Percebe? Quando para um segundo, já se sente culpado. E neste segundo, se questiona: “Nossa, para onde vou, assim?” Sem resposta!

Percebe que a velocidade que a vida (ou nós mesmos?) nos impõe, está nos tornando Velozes, mas Furiosos?

Desta forma, não atingimos objetivo algum. Não somos robôs. Precisamos nos centrar, repensar nossos valores (o que realmente é “nosso”, diante do que o mundo nos “impõe”). O que é importante, o que pretendemos atingir (foco), aonde pretendemos chegar “nesta corrida”. O que seria o “pódio” pra você, pode não ser pra seu (ua) esposo (a), filho (a), colega de trabalho. Pensou nisso?

Aliás, você sabe qual seria o seu “pódio”? Cada vez mais veloz, ultrapassando seus limites (chegando ao ponto de arrebentar a saúde), se tornando furioso; e aonde quer chegar?

E mais… “Temos” que ultrapassar os outros, ou melhor, todos, senão não chegamos “lá”. Bom, primeiro defina: “lá” onde?

Perderam-se os valores? Os interesses, as aparências falando mais alto? Entramos na época do “vale-tudo”? Perdemos nossa essência?

Parece que cada um defende seu território, como os animais “irracionais”. Será que estamos regredindo? Calma, há muito espaço no mundo! Não precisamos, agir como os animais (?).

Uma guerra de egos, de quem pode mais, de quem é mais importante, de quem chega primeiro. Pergunto: importante pra quem e pra quê? Chegar primeiro, onde e pra quê? Sempre revendo seu foco!

Claro, todos nós temos objetivos pessoais e profissionais, e o direito e o dever de cumpri-los (dentro de metas saudáveis e realistas).

Justifica passarmos por cima dos “outros carros” nesta corrida, sem observar e nem sensibilizar para os possíveis estragos que estamos fazendo com vidas?

Sim! Vidas! Eu ainda acredito que a vida (que é tão breve/finita) vale muito mais do que acelerar com tanta fúria.

Mas… “Temos” que acelerar, senão nos atropelam. Pensou isso, não foi?

Há várias pistas, vias, avenidas, para seguirmos… Não precisamos atropelar ninguém, nem sermos atropelados. Apenas definir o foco. Afinal, “se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve” (Shakespeare).

Dirigindo sua vida nesta velocidade e com esta fúria, sem repensar “onde pretende chegar”, está lhe trazendo bem-estar?

Pense nisso, com carinho.

Até a próxima,
Adriana Roveroni

Adriana Roveroni - Jaú/SP

Adriana Roveroni atua nas áreas de Comunicação, Comportamento e Eventos Culturais. Apresenta O Programa “NO A.R.” na TVLocal, canal 4, NET, Jaú-SP. Coluna Eletrônica “Fala Comportamento”, no SBT Centro Oeste Paulista, no Programa: “Fala Cidade”. Colunista da Revista Energia, Jaú-SP. Colunista do Portal Batelli Unique Style. Colunista do ZCastel. Graduada como Psicóloga, especialista em Terapia Cognitiva, Pós-Graduada em Gestão da Comunicação. Trilhou caminhos e tornou possível o trabalho com suas duas paixões: a Psicologia e a Comunicação (atuando em clínica, apresentando programas e escrevendo artigos). Como Psicóloga, é Diretora Regional da ABPC (Associação Brasileira de Psicoterapia Cognitiva), ao lado do Mestre em TC Arnaldo Vicente (presidente). Como Comunicadora e Colunista de Comportamento, é Presidente do Conselho Fiscal da Abime (Associação Brasileira de Imprensa e Mídia Eletrônica), capítulo São Paulo, ao lado de Suely Couto (Presidente Abime-SP) e de Vera Tabach (presidente Abime Nacional).

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