30 / 01 / 13

Macacos me mordam!

Fonte: José Carlos Paiva Bruno
Foto: Internet

Popeye nasceu em 1929, quase quatro meses antes do crash ou quebra da bolsa nos EUA. Fato é que este marinheiro carismático, até feio, mas necessário, está sempre em nossa lembrança. Imortalizado definitivamente por Robin Williams, cinematograficamente em 1980.

Muitos Especialistas até então – comendo muito espinafre – vem tentando explicar o crash: a recuperação produtiva europeia pós-primeira guerra mundial, sobretaxa dos produtos made in usa, a tática da reutilização do padrão-ouro – estilo tentado em repetição por Saddam quando furava o bloqueio da ONU, pós-ataque do Kuwait, comerciando o ouro negro com os franceses em quase antecipação do padrão-euro (vontade nascida no Tratado de Maastrich, onde o termo Comunidade passou a União em 1991) também na década 90, onde qualquer semelhança com pessoas ou fatos reais, terá sido mera coincidência – em 1925, pelo célebre britânico Winston Churchill. Observem que as crises econômicas, mais especificamente as macroeconômicas (desequilíbrio da produção, consumo e crédito), normalmente desencadeadas pela fragilidade de reservas – tal qual assistimos atualmente nos EUA pela linha vermelha do teto da dívida interna – em microeconomia, refletiram até então decisões precedentes às grandes guerras; efetiva disputa bélica restante, por novos mercados e formas de controle para geração/escoamento de produção.

Simples assim, a perniciosa inflação significa dinheiro demais para produto de menos; tão perigoso quanto seu antagonismo, pouco dinheiro para muito produto, inda que do estrangeiro, naturalmente. Ou seja: a pobreza sua ou dos outros, não ajuda ninguém. Que o digam Grécia, Portugal e Espanha. Então “macacos me mordam”, ou que “ventos me levem”, no caso do mundo capitalista não ajustar-se economicamente ao equilíbrio: bom para todos.

Mundo globalizado não permite a durabilidade de artificialismos contábeis, onde antecipadamente desculpo-me junto aos estrategistas norte-americanos, não que não resolva a tal “moedinha de US$ 1 trilhão”, seria uma burla legal: o que penso é que configura pisar na mola. Onde o escape da mesma significaria novo crash. Em 1929, o valor total dos produtos industrializados fabricados nos Estados Unidos foi de 104 bilhões de dólares. Em 1933, este valor havia caído para 56 bilhões, uma queda de aproximadamente 45%. A produção de aço caiu aproximadamente 61%, entre 1929 e 1933, e a produção de automóveis caiu em cerca de 70% no mesmo período (fonte: Wikipedia). Atualmente o PIB EUA é de US$ 15 trilhões, fato
que significa incremento de sua responsabilidade/relevância no crédito/comércio mundial. Onde encontramos os Estados Unidos carecendo efetivamente da construção – talvez uma das alternativas seja a perfuração/extração do petróleo do xisto, inda que possivelmente ao preço da discutível contaminação de sua água potável – de novas riquezas, em produtos e serviços, e o correspondente mercado consumidor para tanto. Moedinha necessária diz que você aumenta as alíquotas de imposto, ou constrói arrecadação adicional em novos negócios, melhor não pensar em cortas gastos, especialmente sociais. Mormente seja: espinafre pra valer… Eu sou o que sou; e isso é tudo o que eu sou!

José Carlos Paiva Bruno
OABRJ 73304

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