25 / 03 / 13

Incompleto…

Por: José Carlos Paiva Bruno
OABRJ 73304

Ilustração: Internet

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Palavra resumindo nós todos. Espertos ou bobos… Sanidade dos insanos tolos, todos… Tenho comigo que a incompletude seja a gestora da virtude, motriz da nossa busca, sendo o que nos mantém vivos, ativos… Trata-se dum universalizar da busca, fazendo-nos completáveis. Admiráveis obras primas da criação. Governos buscam sua satisfação ou complemento, nos governados, é o que lhes oferece razão. Empresas inda que neguem, perseguindo o saudável lucro, completam-se em seus colaboradores, atrizes e atores do negócio. O completar é o verdadeiro protagonista sócio… Assim como as igrejas em seus devotos, numa relação espiritual de ideais e alcances, salvaguarda das almas. Homens sem desejo não podem alcançar o céu. Como diria o Bardo: se você não sabe aonde quer chegar, qualquer lugar serve

Então incompleto: é a teoria do certo! Nossas anatomias são incompletas, cujo presente amor, une homem e mulher, em mais perfeita harmonia, pois que além do encaixe mágico dos corpos, existe um completar de nossas caixas bagagens. Preciosidades da viagem, que fazem dos enlaces descobertas químicas pretéritas familiares: radares de cheiros, sabores, hábitos e cores. Magnetismo mesmo… Conspiração universal, transpiração…

Onde os conflitos, se tratados eticamente, evoluem para soluções ritos… Notem que uso a expressão evolução e não derivação, arrazoado no senhor das relações: o tempo. Discordo respeitosamente do Livro em que atualmente passo os olhos, quando diz: a nova ordem mundial seria de paz contra a cultura. Estabelecendo que o mimetismo seja privativo de vários grupos, reconhecendo a validade deles mesmos, absolutamente internamente aos tais, isoladamente. Creio num mimetismo – cultura globalizada – arrazoado especificamente em sua bela definição sendo borboleta: onde mutante homocrômica, transmuta suas cores, em sua igual plêiade ambiente.Assim como a puta – sem escravidão – no bordel, enquantopúnica telúrica desenvolve a túnica, quase kabuki. Onde a cultura jamais se desvaloriza, inda que em luzes vermelhas festivas. Sendo o glamour do negócio… Onde cultura é o antídoto da guerra, não a paz, que revela simplesmente ausência daquela.

O Direito metaindividual sobreposto ao singular, signo do incompleto social lacunar, preenchido para a convenção social: civilização! Onde o que é bom – por convenção e convicção ética – para o plural, é bom e necessário ao singular. Onde a estrutura guarda o habitante estruturado. Perto ou distante, creio nas palavras; na linguagem, como efetiva ponte em nosso irrequieto completar. Mecanismo da lógica humana; abrigo das sentenças saudáveis, vindo do geral ao particular: dedução. Nunca permitam além da dúvida, sua perniciosa instalação. Pois que o natural é o completar de almas gêmeas, de lua e sol, Terra e Homem, risco com rabisco, tempero com petisco… Dalmática gramática: onde gêmea é a genialidade do incompleto, fertilidade da Terra, locupleto!

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