18 / 03 / 13

Lula no Vaticano…


Doravante proibidas piadinhas de “aposentadoria metalúrgica” e “euforia maradona”… Lula consagrou-se em estilo vencedor, pelo quase máximo da comunicação simplicidade do Cardeal Bergoglio, em trajetória semelhante ocupou o vice-campeonato na eleição papal anterior, e agora sequer cogitado pela dita “mídia especializada”, aparece como azarão argentino vencendo o páreo. Existe sim uma nítida distinção no modus operandi do público-alvo, aliás, alva como as novas vestes – considerando que em Bora Bora quanto mais tatuagens melhor – rituais iniciais: lembro que os tatuados de Lula, apresentam-se em paixão inspirada, aquela que seu olhar e quase natural humildade (leia-se Duda Mendonça) em quebras de protocolo sempre irão despertar; como o mesmo olhar pudico de Brizola – que se não tivesse morrido, também chegaria à presidência – sem as quebras, pois que seu preparo acadêmico não lhe permitiria, tampouco à corrupção desenfreada, hoje creio… Imagino que os exorcistas militares atuais rezem arrependidos por Ele… Lei de Murphy, sempre pode ser pior. 

Assustados, estamos todos latino-americanos! Críticos do boneco – agora entendemos Obama enterrando Osama no mar – de cera do ataúde de Chávez, pois que até a outra ponta do temido laico triângulo – Venezuela, Brasil, Argentina – esquerdista equilátero, desistiu do discurso, quase missa de “encomenda do corpo presente”, esquivando-se em frêmito hora, Cristina e também Dilma – segunda opção da oratória vestibular – fugiram da fotografia final. Novos movimentos históricos estão instalados além do cubismo (cuja medicina decididamente não faz milagres, e se fosse bom não começaria com essa sílaba) e difundidos: chavismo, populismo, perdão lulismo, e cristianismo; ai Jesus perdão máximo, cristinismo ou kirchnerismo… Ismos a parte, fato que custará caro a todos nós as medalhas desonestas, sem atitude, sem esforços, oferecidas pelas máscaras da nova onda. Em tempo, lembrando mais um ou dois ismos, os tais analfabetismo e ateísmo, que mesmo maquiados, facilitam paixões ladinas. Afinal: em terra de cego, quem tem olho é rei. 

Agora ufanados com e por Francisco I, cujos eleitores são de Conclave consistente e preparadíssimo intelectual e espiritualmente universal, rezemos… Esclareço que não estou pregando – salve-se quem puder – epicurismo, pelo contrário, creio nas premiações oriundas de esforço, disciplina ética, e inserção social. Tenho comigo que a inserção propriamente estabelece um compromisso de todos com a verdade máxima: o amanhã. Deus pôs o Homem no centro do universo platônico/aristotélico, para que combinado aos semelhantes (Ética); encontrasse o Paraíso pela virtude do esforço comum, respeitados os predicados e liberdade individuais. Vitoriosos agostinianos/tomistas… 

Perplexos com os recentes avanços tecnológicos, em comunicação principalmente. Assistimos todos nós de minha geração, que nos esforçávamos para conquistar nossos pais, o contrário instalado: nosso esforço cada vez maior em conquistar nossos filhos. Estes mesmos jovens que vem praticando cada vez mais esportes radicais, ocultismo e tatuagens, culto à beleza física e a solidão das drogas, notem que são protestos desafiando à vida. Diferentes dos ideológicos anteriores nossos, quando questionamos filosofias e regimes políticos, falta de liberdade e comportamentos desejando preservar a mesma vida. Anteriores desejos em máximo ser, ora transmutados em não querer, não crescer, quase num “pra que viver”. Desafio maior do jesuíta/catequista Papa Francisco I, brincadeiras à parte, cuja disposição em servir ao Cristo traga consigo determinação da renovação, aquela da Rerum Novarum de Leão XIII. A vanguarda ecumênica de João XXIII, e a coragem de Pio VI nunca submisso. 

José Carlos Paiva Bruno
OABRJ 73304

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