26 / 03 / 13

Viajando na Criatividade

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Por: Victor Mazzei *
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Não é de hoje que vários especialistas reforçam a tese de que viajar ajuda a desenvolver o potencial criativo do indivíduo. Quem teve a oportunidade de conhecer um novo lugar e se encantar com as descobertas sabe bem o que isso significa.

Estudiosos em criatividade nos exortam a tomar coragem e sair constantemente de nossas zonas de conforto, ou seja, de nossas rotinas. Temos horário para acordar, trabalhar, estudar, se alimentar, descansar. Tudo minuciosamente cronometrado. Quando nos atrasamos um pouco ou deixamos de fazer uma atividade no tempo determinado, ficamos desesperados; é como se o trem de nossos compromissos descarrilasse.

Quando nos colocamos em espírito de viajante, convivemos com muitos questionamentos. “Como é a comida daquele lugar?”; “Tem praia lá?”; “As coisas são caras?”; “As pessoas são educadas?”; “Dá pra andar de ônibus e metrô ou tem de ser de táxi?”. Enfim, são tantas perguntas quando decidimos partir para uma nova jornada e que, no fundo, só mascaram a nossa dificuldade de lidar com o novo, o imprevisível, aquilo que não está sob nosso controle.

Uma viagem nem sempre é sinônimo de boas experiências. Definitivamente, não. Aquele prato exótico que lhe trouxe uma indigestão violenta e que o impediu de ir ao teatro é capaz de estragar todos os planos programados de antemão. Você, fantasiando com um sol abrasador naquele fim de semana, mas tendo de enfrentar uma chuva daquelas de alagar ruas e impedir que as pessoas se locomovam. Viajar é isso. É enfrentar o imprevisto, ter de agir com flexibilidade e adaptabilidade diante dos cenários apresentados.

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O autor Henrique Szklo compara o processo criativo a uma pessoa que está passeando na floresta e, do nada, encontra uma caverna escura. Diante daquela imagem, ela tem de lidar dois sentimentos distintos: o encanto para conhecer o que há ali dentro e o medo. Não se trata simplesmente do temor do escuro e da ausência de visibilidade, mas sim de entrar em um espaço que não se tem domínio e não se sabe o que há por lá. E se tiver morcego? E, se por outro lado, encontrar um lindo lago a que poucos tiveram o privilégio de conhecer? Só saberemos o que a caverna contém no seu interior se a desbravarmos.

Pois é, a relação da criatividade com viagem é essa. Toda viagem gera uma expectativa e ansiedade que são absolutamente normais, pois não temos como nos certificar se a experiência será gratificante ou decepcionante. No entanto, se quisermos ampliar nosso repertório, obter mais cultura, desenvolver novas formas de pensar, é preciso apertar o cinto e encarar de peito aberto às viagens que nos aparecem, bem como as situações e imprevistos que surgem. Não perca a chance de descobrir lugares diferentes. Visite. Dos pontos mais longínquos às cidades vizinhas a sua. O aprendizado adquirido é único e em cada retorno, certamente, você trará para sua vida muito mais bagagem do que uma mala pode comportar.

Publicitário e Consultor de Treinamento Corporativo

 

 

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