Luzes do Natal!

Por: José Carlos Paiva Bruno – OABRJ 73304

Dezembro, eu me lembro… Tempo do Menino, Templo de Deus! Caminhando em palavras, venho pelas estradas, observando luzes, lumes do advento, amor no vento. Natal tem um sabor além de ceia, vaivém dos presentes, mel das árvores da vida; cujas sombras são abrigo lenitivo do corpo e d’alma. Calma, que chegamos lá…

Certa feita, ouvi menino da porteira: toca o berrante seu moço… Esboço dum Brasil gigante, viajante dum continente amante. Estrada e cavalo: ouvindo colo… Assim paixão de pureza, moleque destreza, alegria e tristeza do boi malvado, levando pro outro lado… Sempre assim, estamos todos dentro e fora, simultaneamente perto e longe de mim. Saudade… Visão distante em beira d’estrada, da moeda que eu jogava… Então poeira baixa, continua jornada, creio destra do Milton, aquela escada que vai dar no Sol…

Lampião a querosene, lama da nova estrada, tempo pretérito da roça, decadência do império… Outrora sede afogada na represa nova, lua de agora. Ontem dínamo francês, agora aurora dinâmica da vez; iluminando sacrifício, não pode ser à toa… Há sempre propósito debaixo do Céu, talvez um cometa da prosa, assim um caminho da rosa, pra lá, por cá. Beijo da fé, da avó que só me conhece hoje… Velas acesas poderoso rosário, mapa que sempre nos liga as tais raízes, motrizes. Quais luzes, destinos cruzados… Com fé de fogão à lenha, enérgico emblema.

Crença caipira ou cosmopolita, necessária pista… O mesmo Egito que serviu será servido! Cristo é a resposta: integração ponte perdão das dimensões. Fleumático nunca, desta nova vida que foi dada, respiro tudo, dor e amor. Então faça o melhor, onde quer que você esteja… Taça da felicidade lema, leme é você, reme… Faça sua parte em merecer o pergaminho, carinho. Dentro de cada coração existe um ninho, vera manjedoura do Menino, ali espírito natalino, vida renovada. Mimo devagarzinho; alforria em Luz do caminho…

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