25 / 02 / 14

Quimera III

Por José Carlos Paiva Bruno – OABRJ 73304

Ontem menino, aurora feliz, talvez o que basta…
Agora brandindo as hastas, entendo desespero iconoclasta,
Vida sem demora, indo ou vindo embora,
Por vezes sangue d’espora, vezes vamos às forras.

Poesia sempre clamor aflito, filosofia versus mito,
Farras cartesiano rito, verdade do que minto…
Ausência Fé, ignóbil delito, salva musa pulsa,
Beleza rito, magia do infinito…

Despertar precoce, bálsamo beijo doce,
Segredo: acontece sadio crepúsculo,
Conto seja encontro, primavera do ponto!
Alma da mulher alquimia, vera terapia…

Sendo o que conta, natureza do canto…
Melodia dum vestido, linho travesso,
Atravesso trôpego, embriagado em palavras,
Quais sintonias contos de fadas…

Sertões dos sermões, sentidos e direções,
Calor d’acolhida; em panos colorida…
Xicas e Gabrielas, virtuosas Evas benditas,
Assim virgens do rei, Beja que colherei…

Felicidade é decisão, assim ritual da escolha,
É o plantio para aquele colha, água na folha…
Belas são a nascente e o delta, leito único…
Mas o que conta são meios, viver sem receio.

Beiradas em verdade são cantos do meio,
Seios verdadeiro banquete do recreio…
Que a Arte faça sempre valer à pena,
Afinal imitar Encontro, Vida peripécia cena!

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