27 / 05 / 14

Justiça cega ou comodismo na luta pelo seu direito?

(Tema: baseado no livro “A luta pelo direito” do jurista Rudolf Von Ihering)

Atenção! Esse tema trata da luta contra o seu comodismo político-jurídico, caso seja maior que você, leia e reflita, tente compreender que Direito não é apenas a norma escrita, Direito é uma eterna e árdua batalha, na esfera individual e/ou coletiva.

Vivemos em uma democracia! As leis deveriam ser mais rígidas! No Brasil não existe justiça! Quantas vezes já pronunciamos essas pequenas frases? Muitíssimas, portanto, temos três aspectos bem importantes, Democracia (LIBERDADE DE EXPRESSÃO), Leis rígidas (CONSTITUIÇÃO FEDERAL ABORDA VÁRIAS) e Justiça (FAZER VALER A LEI).

Os quesitos contidos devem ser o princípio de mudança, pois a democracia necessita de continuo exercício, democracia não é apenas liberdade para expressar palavras, mas, o aval para o combate ao que chamamos de injustiça, que surge como antagônica a justiça, justiça não é sinônimo de igualdade, é uma luta que teve seu resultado confirmado, e não precisa ser por intermédio de leis.

Lutar apenas pelo nosso direito, além de ser extremamente egoísta, não garante resultados expressos, a luta pelo direito deve ser focada no aspecto humano, valendo resaltar que nós já nascemos com direitos naturais (VIDA, LIBERDADE E PROPRIEDADE), mas, nunca lembramos e questionamos se somos realmente livres e se todos possuem o mínimo da propriedade, portanto, esse é o resultado insignificante da luta apenas na esfera individual, vamos livrar-nos do conceito que direito nasce em algo escrito, direito ultrapassa esse significado dogmático, direito não é norma, direito é luta.

Então, fica aponto que as leis são nada mais que garantia ou confirmação “do correr atrás pelo o que é nosso”, contudo, normas como já explicitamente, são criadas para serem obedecidas, são rígidas na totalidade e não pode depender da sua crença (Religiosa ou Cultural) para existir, necessitando apenas de um senso comum entre todo o povo e os legitimados por eles para criarem as leis. Uma grande prova que direito não é lei, nem justiça é norma, está no Reino Unido, Constituição não escrita, costumeira, e temos uma organização política e governamental gigantesca, país de primeiro mundo.

Provado que Direito não é apenas algo escrito, individual e justo, temos que pensar, para ter uma justiça cega, primeiro há uma população manipulada, que fica perdendo tempo na tentativa de criar leis, o Brasil começou a sair do sono profundo em poucos dias, a nossa nação tem leis e rígidas, a justiça não é cega, muito pelo contrário, nosso comodismo é a destruição da eficácia que as leis tentam produzir.

Na tentativa de votar no político menos corrupto, perdemos a “vergonha na cara” para lutar pelo que acreditamos ser certo, possuímos o poder de mudança, da construção de um país igualitário, mas, temos que lembrar que o voto, algo extremante manipulado, não deve ser entendido como números e tecla verde (Confirma), votar é dizer que aquele candidato te representa em tudo, até na lei que iremos obedecer. Todo o povo ativo (aqueles que votam) deveria saber que as emendas a Constituição Federal, é proposta por (Senadores, Deputados Federais e Presidente da Republica),isso é mais uma prova que o voto te representa e as leis foram escolhas suas.

A justiça não é cega, a lei não é fraca, a democracia não é falsa, elas existem e fortemente, mas o nosso comodismo é o gigante adormecido que precisa ser superado, a luta no sentido coletivo mais ativo, do que no individual, não é guerrear pelo direito dos outros, direito é para todos. A norma não deve surgir de acordo com sua crença religiosa, direito é tentativa de igualdade, religião não nos trás um sentido igualitário, porém deve ser vista e conquistada como refúgio social.

Lute, não apenas por seu Direito (ele também é importante), lute pela democracia, pela justiça que criara amparo na lei, pela igualdade, liberdade e fraternidade (Liberté, Egalité, Fraternité- Constituição Francesa 1946/ lema iluminista), sendo assim, a deusa da justiça rasga sua venda e te mostra que não é cega, mas, necessitou da nossa luta para enxergar o que havia por trás do pano.

Elisama Viana - Maceió/AL.

Acadêmica do curso de Direito pelo Centro Universitário Cesmac, vivencia o Direito por um andamento mais zetético, buscando explicações em sua Filosofia, Historia e Sociologia, atualmente em um projeto de pesquisa com seguinte temática: “Direito ensinando a cidadania”; blogueira no site Estação Alagoas, contemplada para estudar a língua francesa pelo Centro Universitário Cesmac, e tomou para si a lide em defesa da Mulher, “Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância”. (Simone de Beauvoir).

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