02 / 08 / 19

Os irmãos fascismo e o socialismo

“Os fascistas do futuro, se chamarão a si mesmos de antifascistas”.

Winston Churchill

Imagem: Internet

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O socialismo e o fascismo são irmãos da mesma da mesma árvore do conhecimento.
Conhecer suas histórias é entender por que se odeiam tanto.
É compreender o empoderamento no primeiro momento histórico do caçula, o fascismo, e como ele foi o algoz do mais velho, o socialismo. Com o fim do poder do fascismo, o socialismo passa a utilizar este termo para apelidar o seu adversário: o liberalismo conservador.
A etimologia do termo fascismo é derivada da palavra latina “fascis, que designava um feixe (fascio) de varas amarradas em volta de um machado e que foi um símbolo do poder conferido aos magistrados na República Romana de flagelar e decapitar cidadãos desobedientes[1].

Podemos definir fascismo como uma filosofia política em que os indivíduos são subordinados a uma Nação (Estado) gerenciado por um Governo Centralizado Autocrático liderado por um Líder Ditatorial, com capacidade de uma arregimentação severa das atividades econômica, social e ambiental e a supressão forçada da oposição[2].

O Fascismo é derivados do fascio (plural fasci), “bundle, fasces, group”. Fascista foi usado pela primeira vez em 1914 para se referir a membros de um fascio, ou grupo político.

Em 1919, a palavra fascista foi aplicada aos membros de camisa preta da organização de Benito Mussolini, os “Fasci di combattimento”, que tomaram o poder na Itália em 1922.

Jogando com a palavra fascista, o partido de Mussolini adotou os “fasces”, um pacote de varas com um machado entre eles, como um símbolo do povo italiano unido e obediente à autoridade única do Estado.

A palavra inglesa fascista foi usada pela primeira vez para os membros do fascisti de Mussolini, mas desde então tem sido generalizada para aqueles de crenças similares. [3]

Adam Smith é o filósofo do Capitalismo, Karl Marx é o filósofo do Marxismo e o seu discípulo Giovanni Gentile é o filósofo do Fascismo.

Gentile nasceu em 30 de maio de 1875, Castelvetrano, Itália e faleceu em 15 de abril de 1944 em Florença, Itália.

 Figura importante da filosofia idealista italiana, político, educador e editor, entre suas obras escreveu La filosofia di Marx (1899; A Filosofia de Marx), um exame hegeliano da filosofia de Karl Marx e foi Ministro da Educação do ditador Benedito Mussolini.

Alguns estudiosos afirmam que Gentile acreditava que havia dois tipos de democracia “diametralmente opostos”.

Uma é a democracia liberal, como a dos Estados Unidos, que Gentile rejeita como individualista – muito centrada na liberdade e nos direitos pessoais – e, portanto, egoísta. O outro, diz Gentile, é a “verdadeira democracia”, em que os indivíduos “voluntariamente” se subordinam ao Estado.

Acreditava que o fascismo era uma forma de socialismo mais efetivo.

Enquanto para Marx, o socialismo mobiliza os indivíduos com embasamento na classe social e para Gentile, o fascismo mobiliza as pessoas valorizando a identidade nacional (nacionalismo) e também sua classe social.

Os fascistas eram os socialistas nacionalistas. Nazista é a contração do termo “socialista nacional”.

O fascismo tomou emprestado teorias e terminologias do socialismo e aplicou-as sob o ponto de vista de que o conflito entre as nações e raças fosse mais significativo, mas também tendo foco em acabar com as divisões de classes dentro da nação.

A coexistência pacífica do fascismo e socialismo duram na Itália até que o Partido Nacional Fascista (PNF) comandado por Mussolini vence as eleições em 1924 e os socialistas que perdem, alegam que estas foram fraudadas.

Mussolini vira ditador e todos os partidos, à exceção do PNF, foram colocados na ilegalidade e a pena de morte passou a ser legalizada.

A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), criada em 1922, pelo líder da Revolução Bolchevique, Lenin e Hitler, na Alemanha, em 1933, através de uma série de manobras políticas, tornou-se ditador e instaurou o III Reich. Ambos adotaram a mesma linha filosófica.

Na prática, o fascismo alemão e o bolchevismo enfatizaram a ação revolucionária, as teorias de Nação Proletária, os Estados de partido único e partidos-exército.

A Alemanha e a Itália uniram-se por meio do Pacto Molotov-Ribbentrop (1939) para atacar a Polônia, mas esta parceria termina quando a Alemanha invade a URSS.

Quando da união da Itália e Alemanha fascistas, os socialistas são eliminados, com isto, estas filosofias semelhantes tornam-se irreconciliáveis.

A filosofia fascista, que teve seu auge na segunda guerra mundial, encantou a muitos países, inclusive uma elite norte-americana, que entendia a importância do poder do Estado na determinação de seu povo.

Na convenção do Partido Democrata dos EUA em 1984, o   controvertido professor indo-americano Dinesh Joseph D’ Souza, citou o governador de Nova York, Mário Cuomo, que em seu discurso comparou a América como uma família, onde,  por meio do governo, as pessoas cuidam-se umas das outras. Esta afirmação é muito semelhante aos estudos do fascista Gentile.

A fascismo encantou outros países como o Japão, que se aliou à Alemanha e Itália na Segunda Guerra Mundial.

Mussolini, o “italianinho”, como carinhosamente era denominado pelos seus simpatizantes, influenciou o Ditador do Brasil, Getúlio Vargas, que em 1937 aprova uma Constituição Fascista.

 A Constituição Brasileira de 1937 recebeu o apelido de Polaca, por ser semelhante a Constituição Fascista Polonesa, que previa a ditadura e legitimava os poderes absolutos ao ditador, que utilizava o aparelho repressor do Estado – a Polícia Especial.

A Venezuelana, a partir da Assembleia Constituinte de 1999, adota o mesmo modelo fascista.

A polarização destas filosofias semelhantes socialismo e fascismo ocorreu de forma parecida na Itália de Mussolini, Alemanha de Hitler e no Brasil de Getúlio Vargas, quando o Fascismo assume o poder, aniquila a todos opositores, principalmente os seus aliados socialistas.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial e com a derrota dos três países fascistas, os socialistas negaram a semelhança e esconderam a verdadeira história.

Utilizaram-se da técnica fascista, que repetindo muitas vezes a “negação” da semelhança e afirmando que fascismo é a filosofia adotada pela direita conservadora, esta mentira torna-se verdade, com a colaboração dos historiadores marxistas.

Mesmo o fascismo e socialismo tendo filosofias semelhantes, um combate o outro, mas as duas acreditam em um Estado Forte e Provedor, governado por uma elite liderada por um “escolhido autocrático”.

Professor Luiz Carlos Barnabé de Almeida.

Professora Suzana Camargo de Almeida.

Luiz Carlos Barnabé de Almeida

Endereço para acessar este CV: http://lattes.cnpq.br/7674706654735593 Corecon/SP no. 5.697. FENAJ BRF no. 8.648. CRECI 86589. Economista, jornalista, mestre em administração e pesquisador. Resumo acadêmico Mestrado em Administração na Universidade Municipal de São Caetano do Sul (2013). Linha de Pesquisa: Gestão para o Desenvolvimento e Regionalidade. Grupo de Pesquisa: Gestão para o Desenvolvimento Sustentável – USCS (2012/19). Linha de Pesquisa: Direitos Humanos e Desenvolvimento Sustentável – Universidade Santa Cecília (2015/19). Possui Especialização de Administração Econômica por Objetivos (1974), Especialização em Educação e Meio Ambiente (2005), Graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (1970) e Graduação em Comunicação Social - Jornalismo pela Faculdade Varzeagrandense de Comunicação Social (1995). Professor Universitário de Economia para os cursos Economia, Direito, Jornalismo, Administração, Tecnólogo Superior, Saúde, Engenharia e Relações Internacionais. Autor do Livro Introdução ao Direito Econômico. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. Coautor dos livros: Coleção de 16 Volumes III Encontro de Internacionalização do Conpedi /Universidad Complutense de Madrid. Madrid ES, Ediciones Laborum. 2015. Capítulo: Zona Livre de Arbitragem: Brasil para o Primeiro Mundo. Vol. 08 pg. 144. ISBN (Internacional): 9788492602988/2015 O CADE e a Efetividade de suas Decisões 1. ed. Apoio CNPq. BH: Arraes Editora/ 2014 Gestão para o Desenvolvimento Sustentável 1. ed. São Paulo Globus/2013. Ciência Econômica aplicada ao Tecnólogo 1. ed. São Paulo: LCBA, 2011. Resumo profissional. Superintendência do Centro Oeste – SUDECO: Ministro Andreazza - 1975/1982 Secretário de Planejamento Econômico de MT – Governo Júlio Campos – 1983/86. Suplente de Deputado Federal Constituinte 1987/90. Diretor da TV Bandeirante - Cuiabá/MT 1987/1990. Superintendente da Pós-Graduação da UNIC – Universidade de Cuiabá 1991/2004. Mantenedor da Instituição de Ensino Superior - IES Terra em Campo Grande/MS. 2004/2008 Vice-Reitor da UNIBAN – Universidade Bandeirante. 2004/2005. Consultor Educacional das IES: UNIRONDON/MT. UCDB/MS, FTC/BA. 2006/2007 Vice-Presidente do CORECON SP, período 2015/17. Atualmente Vice-Presidente da Ordem dos Economistas do Brasil Diretor Superintendente da Dig&tal Inteligência Artificial – Economia - Direito Diretor do Comitê Economia 4.0 da Ordem dos Economistas do Brasil Diretor Institucional da ABCONT – Associação Brasileira de Contribuintes Diretor Cultural da ADESG Associação dos Delegados da Escola Superior de Guerra de Santos. Professor Universitário da UNIP SANTOS Professor do IbiJus Instituto Brasileiro de Direito Professor do Burke Instituto Divulgador da Escola Austríaca Articulista da Revista Evidência Colaborador do Blog Oito e parceiros WCS Consultor Educacional Consultor de Marketing Palestrante.

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