19 / 05 / 20

Annita: sem comprovação científica, CRF/AL alerta para o risco da automedicação

o Conselho Regional de Farmácia de Alagoas faz um alerta especial quanto a automedicação com fármacos que tem sido apontados no tratamento da Covid-19

O dia 05 de maio foi instituto como o dia nacional do Uso Racional de Medicamentos. Este ano, o Conselho Regional de Farmácia de Alagoas faz um alerta especial quanto a automedicação com fármacos que tem sido apontados no tratamento da Covid-19 e que tem levado a população adquirir estes medicamentos sem qualquer orientação.

Farmacêutica Jéssica Costa

Farmacêutica Jéssica Costa

A farmacêutica e membro do grupo de trabalho de ensino e pesquisa do Conselho Regional de Farmácia de Alagoas, Jéssica Costa, fala sobre a nitazoxanida, conhecida como Annita, cujos testes estão sendo realizados. De acordo com ela, este é um medicamento usado para tratamento de gastroenterites virais provocadas por rotavírus ou norovírus, helmintíases, amebíase, giardíase, criptosporidíase, blastocistose, balantidíase e isosporíase.

“Assim como a ivermectina que também se enquadra como anti-helmíntico, eles estão sendo estudados e acrescentados aos protocolos de possível tratamento ao Codiv -19. Contudo, ainda não existem comprovações cientificas sob sua eficácia no tratamento, portanto não é recomendado a automedicação”, informou.

A farmacêutica relembra que ao ser anunciado que o medicamento estava sendo testado muitas pessoas foram as farmácias e drogarias adquirir o produto e como qualquer outro medicamento ela apresenta efeitos colaterais. “Ele pode parecer um medicamento inofensivo, mas ele é contraindicado para crianças com menos de 1 ano, pacientes com diabetes, doenças no fígado ou rins e para pacientes com alergia à Nitazoxanida ou a algum dos componentes da fórmula”, pontuou.

De acordo com ela, o uso de medicamentos de forma incorreta pode acarretar o agravamento de uma doença, ou mesmo esconder determinados sintomas. Além disso, a automedicação pode trazer, ainda, consequências como: reações alérgicas, dependência e até a morte. “Entre os riscos mais frequentes para a saúde daqueles que estão habituados a se automedicar estão o perigo de intoxicação e resistência aos medicamentos. Todo medicamento possui riscos que são os efeitos colaterais”, alertou.

Jéssica informa que segundo o Ministério da Saúde, uma das principais causas da automedicação é a variedade de produtos fabricados pela indústria farmacêutica, a facilidade de comercialização deles e a própria cultura e comodidade assimilada pela sociedade que vê na farmácia um local onde se vende de tudo. “A grande variedade de informações médicas disponíveis, sobretudo em sites, blogs e redes sociais, também está entre os fatores que contribuem para a automedicação”, lamentou.

A orientação da farmacêutica é que neste momento que estamos vivendo, o melhor é se resguardar e seguir as normas da Organização Mundial de Saúde, como ficar em casa e fazer a higienização de forma adequada. “O farmacêutico, assim como tantos outros profissionais da saúde, estão na linha de frente contra o Covid-19. Somos contra qualquer tipo de automedicação e estamos prontos para sanar suas dúvidas e auxiliar em qualquer eventualidade sobre seu tratamento”, garantiu.

Prescrição Médica
Desde o dia 15 de abril, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), inclui este medicamento na lista de substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras sob controle especial, com isso, a venda do medicamento Annita também fica sujeita à retenção da receita de controle especial em duas vias, sendo a 1ª via retida no estabelecimento farmacêutico e a 2ª via devolvida ao paciente.

No cenário atual do tratamento para covid-19, se enquadra a inclusão de antibiótico aos protocolos prescritos. Porém, vale salientar que de acordo com o artigo 7º da RDC 20/2011, “a receita poderá conter a prescrição de outras categorias de medicamentos desde que não sejam sujeitos a controle especial”.

Prescrição de antimicrobianos e medicamentos contendo substâncias controladas pela Portaria SVS/MS nº 344/98 na mesma receita, como se enquadra o Annita, impossibilita a compra de ambos, dando possibilidade de dispensação apenas do medicamento controlado.

Logo, faz-se necessário que sejam prescritos em receituários distintos, evitando assim a impossibilidade de dispensação e atraso no tratamento necessário para o paciente.

Fonte: Luciana Martins
Assessoria de Imprensa

Gigi Accioly

Holofote @gigiaccioly - Jornalista (MTB 1468AL), colunista social do Jornal Primeira Edição (impresso/online); Assessora da Tehron - Núcleo de Comunicação; Realiza assessoria de imprensa e marketing; É cerimonialista e mestre de cerimônias; Editora-chefe e colunista da Revista Evidência Cosmopolita (Impressa), 1999/2015, AL; Colunista e editora da revista evidencia.com (EVDCIA on line); ex-apresentadora de TV, "Programa Gente em Evidência" exibido pela TV EVDCIA, TV Alagoas (SBT) e TV Mar; publicitária. Membro do Grupo Literário Alagoano (GLA); Ex-membro da ALANE/AL - Academia de Letras e Artes do Nordeste Brasileiro (Núcleo Alagoas); Comendadora (Comenda Professor Doutor Sebastião Palmeira (instituída pela Academia Maceioense de Letras). Diretora Regional em Alagoas da MBA - Mídia Brasil Associados; membro associada à FEBRACOS – Federação Brasileira de Colunistas Sociais. Ex-diretora de comunicação social da Soamar/AL. - Sociedade Amigos da Marinha de Alagoas; Colunista do extinto portal Ciro Batelli – Unique Style (SP e Las Vegas).

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