Inércia terapêutica, vício ou hábito?
"A inércia terapêutica, também é um impedimento considerável para o controle adequado da hipertensão..."
Olá, sapiens!
Aprendemos nos bancos escolares que a Primeira Lei de Newton é a capacidade de resistir à mudança de movimento. É assim na física, é assim na vida, é assim na medicina.
Inércia clínica, ou inércia terapêutica, é quando a terapia, farmacológica ou não, não é readequada mesmo com sinais claros que o tratamento atual não está sendo eficaz.
Para Dra. Erika F. Brutsaert, endocrinologista lá do Bronx, Nova Iorque (isso mesmo, o bairro do Chris), “é difícil para as pessoas mudarem o que estão fazendo”, se referindo à inércia clínica no tratamento do diabetes.
A Revista Brasileira de Hipertensão (2020 Vol24(2):59-63)nos traz excelente artigo da Dra. Erika Campana, cardiologista lá de Niterói, Rio de Janeiro (isso mesmo, a cidade do Paulo Gustavo), nos contando sobre o impacto da inércia terapêutica no descontrole da hipertensão arterial dos pacientes do ambulatório escola no município de Nova Iguaçu, RJ.
“A inércia terapêutica, também é um impedimento considerável para o controle adequado da hipertensão, o que tem implicações no prognóstico da doença.”
O que essas mulheres ricas em honra e glória trazem para nos agregar? O impacto, o impulso, a aceleração que desfazem a inércia.
Não é adequado se conformar com: “o peso dele sempre foi esse”, “a pressão pra ele é essa mesmo”, “a glicose dele nunca baixa”, “ele não consegue parar de fumar”. Diretrizes devem nos nortear, metas devem nos provocar, mantendo os ajustes particulares para cada indivíduo, porém sem nutrir a confortável inércia.
Fuja as zona de conforto, acelere!
Inércia terapêutica, vício ou hábito?
por Luiz Guilherme ( @nefrologistadrluiz ) e ( @gahas.consulta )