28 / 07 / 21

Acidentes de moto são os maiores causadores de lesão plexo braquial

O Neurocirurgião Gustavo Alencar alerta que a crescente incidência de lesão do plexo braquial constitui um problema de saúde pública

 

 

Foto: Ulisses PinheiroAcidentes de moto são os maiores causadores de lesão plexo braquial

Neurocirurgião Gustavo Alencar

Acidentes de moto são os maiores causadores de lesão plexo braquial

Dados do Hospital Geral do Estado (HGE) e do Hospital de Emergência do Agreste mostram que de janeiro a junho deste ano 7.326 pessoas deram entrada no hospital vítima de acidente de moto. Essa é a maior causa das lesões do plexo braquial (LPB) que associadas ao trauma podem gerar graves disfunções sensitivas e motoras, temporárias ou permanentes, comprometendo o desempenho do indivíduo em vários aspectos.

Quedas, sustentação de carga pesada nos ombros, agressões por objetos cortantes e armas de fogo, também podem provocar as lesões do plexo braquial, assim como, no momento do parto, condição conhecida como Plexopatia Braquial obstétrica. Os sintomas são dificuldades para movimentar a região do ombro, do cotovelo e o movimento da mão. Além de fraqueza muscular, a lesão pode acarretar alterações de sensibilidade, dor neuropática, atrofias, encurtamentos musculares, rigidez nas articulações e deformidades musculoesqueléticas no membro superior afetado, podendo levar até mesmo a alterações posturais.

O Neurocirurgião, Gustavo Alencar que é especialista em Nervos Periféricos pela FMUSP – único em Alagoas – e que faz parte do corpo médico da UTI Neurológica do Hospital Memorial Arthur Ramos, explica que por conta da fraqueza muscular e rigidez nas articulações e eventualmente dor, atividades do dia-a-dia podem ficar comprometidas, como por exemplo, pentear os cabelos, beber água, alimentar-se, tomar banho, vestir-se, escrever, praticar esportes, e outros. “Isso pode afetar a qualidade de vida do indivíduo, podendo até mesmo limitar atividades de lazer ou restringir seu desempenho no trabalho, gerando consequências emocionais, sociais e econômicas”, pontuou.

Ele ressalta que dependendo do tipo e gravidade da lesão, uma grande maioria dos casos podem necessitar de abordagem neurocirúrgica. “Existem diversos tipos de cirurgia que visam restaurar ou otimizar a função dos nervos comprometidos. Todo paciente com lesão de Plexo Braquial deve ser acompanhado clinicamente, a cada 30 dias, até que se decida a necessidade de tratamento cirúrgico ou não”, disse.

Segundo o Neurocirurgião, é importante reconhecer o trauma logo no início para se fazer um acompanhamento cuidadoso, e se necessário, planejar uma correção cirúrgica, já que existe uma janela de tempo ideal para isso (limite), geralmente em torno de 6 meses. “Ela deve ser realizada na maioria dos casos dentro deste período porque após a cirurgia o nervo cresce lentamente, em torno de 1 mm ao dia, falou.

Dr Gustavo alerta que a crescente incidência de lesão do plexo braquial constitui um problema de saúde pública, sendo necessários programas de conscientização, prevenção deste tipo de acometimento e conhecimento da população da existência do profissional habilitado para tentar restabelecer essas grave lesões.

Acidentes de moto são os maiores causadores de lesão plexo braquial
fonte: Luciana Martins – Assessoria de imprensa

Gigi Accioly

Holofote @gigiaccioly - Jornalista (MTB 1468AL), colunista social do Jornal Primeira Edição (impresso/online); Assessora da Tehron - Núcleo de Comunicação; Realiza assessoria de imprensa e marketing; É cerimonialista e mestre de cerimônias; Editora-chefe e colunista da Revista Evidência Cosmopolita (Impressa), 1999/2015, AL; Colunista e editora da revista evidencia.com (EVDCIA on line); ex-apresentadora de TV, "Programa Gente em Evidência" exibido pela TV EVDCIA, TV Alagoas (SBT) e TV Mar; publicitária. Membro do Grupo Literário Alagoano (GLA); Ex-membro da ALANE/AL - Academia de Letras e Artes do Nordeste Brasileiro (Núcleo Alagoas); Comendadora (Comenda Professor Doutor Sebastião Palmeira (instituída pela Academia Maceioense de Letras). Diretora Regional em Alagoas da MBA - Mídia Brasil Associados; membro associada à FEBRACOS – Federação Brasileira de Colunistas Sociais. Ex-diretora de comunicação social da Soamar/AL. - Sociedade Amigos da Marinha de Alagoas; Colunista do extinto portal Ciro Batelli – Unique Style (SP e Las Vegas).

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