18 / 01 / 23

Rick Chesther abre o coração e fala sobre sua infância difícil e de como alcançou sucesso no Brasil e no exterior

Resiliência

 

Rick Chester abre o coração e fala sobre sua infância difícil e de como alcançou sucesso no Brasil e no exterior

Imagem: divulgação

    Rick Chesther da Silva, mais conhecido como Rick Chesther é um mensageiro aprendiz, desses que, de tanto não desistir, acabam chegando lá. Formado em Superação pela faculdade da vida, tem bacharelado em Aprender e Repassar Ensinamentos e doutorado em Levantar Após as Quedas e Seguir Sempre Rumo aos Seus Objetivos. Hoje, Rick transmite sua mensagem pelas redes sociais, onde impacta milhões de pessoas diariamente, e nas mais de mil palestras já realizadas no Brasil e em várias partes do mundo. Seus livros Pega a visão e A favela venceu tornaram-se best-sellers, superando milhões de cópias vendidas.  Chesther também representou o Brasil em Harvard, em 2018, onde foi condecorado como embaixador mundial da Brilive Conference (Brazilian International Live Conference). Em 2022, lançou Escolha seu difícil: As 10 regras básicas para alcançar o extraordinário, pela Buzz Editora, onde, tendo por base todos os obstáculos que precisou superar, ajuda o leitor a enxergar as possibilidades da vida por meio do que ele chama de “o fator de não desistir”, além de mostrar que não existe diferença entre ele e ninguém.

 Para falar sobre a sua infância difícil e de como ele alcançou o sucesso no Brasil e no exterior, que eu entrevistei com exclusividade, Rick Chesther.

Rick Chester abre o coração e fala sobre sua infância difícil e de como alcançou sucesso no Brasil e no exterior

Imagem: divulgação

Como foi a sua infância? Quais os maiores desafios que teve que enfrentar?

R: Tive uma infância a qual eu resumo como bem complexa, assim como a infância da ampla maioria da nossa gente, que nasce em lugar pequeno, em bairro carente de cidade pequena, de família com pouquíssimos recursos financeiros. Contudo, por outro lado, com um nível muito elevado de fé e resiliência, de vontade, de honestidade para fazer o que tinha que ser feito, quando e onde o tivesse que fazer.

Cresci entre o fuzil exposto e um livro escondido. Costumo dizer que a vida me pregou essa peça em deixar todas as portas obscuras abertas e a olho nu e, por algum motivo, os livros, a biblioteca e o conhecimento ficaram escondidos. Considero ter tido, por algum motivo que eu penso que seja a fé, uma queda pelo lado dos livros, do conhecimento e não ter escolhido o outro lado da moeda. É muito pesado o cenário no qual eu fui criado. A chance de um garoto se perder é muito grande, pois ele começa a ter suas vontades, começa a ver as pessoas terem, comerem e falarem coisas as quais não temos acesso! Vivi em meio a um contexto de pouquíssimos recursos para se comer e vestir. Um cenário de muita escassez. Falo “nós” porque eu e meus irmãos sabíamos das pouquíssimas condições que tínhamos, sendo bem realista, sob o ponto de vista do lugar em que nascemos e vivemos.

O que o motivou a vender água nas praias cariocas e como você descreve a sua realidade de hoje onde você dá palestras e se tornou uma inspiração para milhares de pessoas?

R: O que me levou para o Rio de Janeiro foi aquela ideia do retirante querendo algo melhor, para continuar lutando suas lutas e conseguindo suas coisas. Eu sempre fui um cara simples, de hábitos simples, mas que também sempre tive coragem de migrar de um ponto para o outro, a fim de encontrar um campo fértil para que eu conseguisse comer, vestir e transitar com o suor do meu rosto, com base em muita honestidade e trabalho. Foi por isso que eu fui para o Rio de Janeiro. Da mesma maneira que eu saí de Pitangui, interior de Minas Gerais, minha cidade natal, e fui para a capital, Belo Horizonte e, depois, para o Rio de Janeiro. Também sairia do Rio e iria para qualquer outro lugar no sentido de buscar novas possibilidades para trabalhar e comer honestamente. É bíblico, inclusive: “do suor do teu rosto comerás o seu pão”.

O lugar que eu ocupo hoje é fruto de tudo aquilo que eu fiz antes, durante essas quatro décadas de anonimato.  Na minha concepção, sucesso não é aquilo que você colhe, mas sim aquilo que você planta e cultiva para colher e saborear o fruto que nasceu da árvore que você plantou e cultivou. Então, eu acredito que, de maneira involuntária – porque eu nunca imaginei ter milhões e muito menos de ser conhecido no mundo todo, palestrar em todos os continentes do mundo, ser capa de dezenas de revistas, vender cinco milhões de cópias de livros em um país chamado Brasil – eu fui plantando, cultivando e progredi, até chegar no lugar o qual ocupo com muita responsabilidade e humildade, o lugar que eu vejo como colheita.

Como você se sente hoje ao saber que transforma a vida de tantas pessoas?

R: Encaro tudo isso com muita humildade, tendo a total percepção da responsabilidade que tenho, haja vista que as redes sociais e a internet nos permitem ter acesso à informação em tempo real. Então, é muito difícil chegar onde cheguei, mas, ao mesmo tempo, é muito fácil sair de lá. De um segundo para o outro, uma fagulha de fogo é capaz de destruir tudo isso que eu construí ao longo de todos esses anos. Daí a responsabilidade que eu tenho que ter com os meus atos, minhas palavras, as coisas as quais eu defendo ou não. Os lugares que eu frequento, a maneira como eu me posiciono, minha fé, o nível de conhecimento que eu quero para o público que me acompanha, colocar-me sempre na condição de aprendiz. Isso tudo são noções de responsabilidade para fazer valer todo esse grito. Porque eu deixei de ser um CPF para ser o grito de uma galera. Então, hoje tenho milhões de pessoas que me acompanham e é necessário, reitero, ter muita responsabilidade para chegar lá.  Por outro lado, há o sentimento também de que é possível, tem como. Porque, se até os 40 anos, eu estava vendendo água na praia e, depois dos 40, eu consegui vender mais de cinco milhões de cópias de livros, me transformar em referência para tantas pessoas por meio dos meus próprios atos, fazendo coisas tão simples, eu provei que tem como. Esse “tem como” é que move essa gente.

O olhar desse povo para o Rick é: Se ele conseguiu, eu também consigo, mas eu ainda não entendi como ele conseguiu. Portanto, o meu desafio, hoje, é passar para essa galera pílulas de conhecimento para mudar a mentalidade dessas pessoas, para que consigam caminhar na direção a qual eu me encontro. Então, sinto-me um aprendiz, para que o Rick de hoje seja maior que o de hoje e maior ainda que o de amanhã. Me sinto um privilegiado por ter conseguido tanto, me sinto responsável do ser humano que eu preciso ser para seguir sendo referência para tanta gente.

Quais são os principais aspectos abordados em suas palestras?

R: Conto a minha caminhada no sentido de explicar que não foi fácil para o Rick e não será fácil para você, se quiser alcançar o seu lugar como eu consegui. Conto para as pessoas sobre controle emocional, porque eu tive que ter muito controle emocional para suportar tudo que eu passei e para suportar o lugar no qual eu estou também. Você precisa aguentar o caos, senão, você surta e você tem que ter controle emocional para suportar a bonança, senão, você surta na bonança. Passo muitas noções disso para a galera, falo sobre educação financeira, porque eu tive que ter habilidade para ser fiel no pouco, para fazer o pouco se multiplicar até chegar nos números atuais. Falo sobre vendas, porque foi o que salvou a minha vida. Costumo dizer que eu sou filho da necessidade. A necessidade me apresentou a superação e a superação me apresentou a venda, que salvou a minha vida. Esses são elementos básicos que, roteirizados, te mostram que não é fácil, porém, é possível. Todavia, você precisa controlar a si mesmo, porque, quem não controla a si mesmo, não controla mais ninguém, e é preciso também fazer a gestão de números, ter habilidade sobre vendas. Falo também da importância do trabalho em equipe, da minha base, que é a fé, e mostro os dados que comprovam que eu não apenas falo, mas, que eu realmente alcancei os meus objetivos para falar, porque eu não queria ser alguém que pusesse a mão em um microfone para falar de uma história que não é a minha, de algo que eu não conquistei. Não costumo dizer que sou palestrante, mas que eu bato um papo com a galera. Esses são os fios condutores pelos quais eu transito durante este bate-papo.

O que você pensa sobre resiliência e o poder da autorresponsabilidade?

R: Costumo dizer que você será esmagado por tudo aquilo que você não consegue esmagar.  Então, penso que isso resume bem o que eu entendo sobre resiliência e autorresponsabilidade. Quando você descobre que a única pessoa capaz de parar a sua caminhada rumo ao extraordinário é você mesmo, você se vigia mais, você se estuda mais, você se compromete mais consigo mesmo e com aquilo que você diz que quer alcançar, porque você identifica que não é um ser humano perfeito, mas, aceita que eles são seus, corrige esses erros e tenta não voltar a repeti-los. Isso vai te transformando em um ser humano potente para essa selva que é a vida e você entra mais preparado, porque fez esse estudo prévio e não foi esmagado por aquilo que poderia estar te esmagando.

Qual o conselho que você dá para as pessoas que só vivem reclamando, procrastinando e se autossabotando, e não encontram um sentido para a vida?

R: Costumo dizer que cada um tem uma dor diferente da dor do outro e que é muito importante ter a noção disso, de modo a não julgar o seu próximo. Contudo, costumo dizer que, seja lá qual for a sua dor, se você não começar a lutar hoje para amenizá-la, amanhã ela será maior ainda. Então, o dia tem 24 horas para mim e para as oito bilhões de pessoas que existem no planeta. A diferença é o que cada um de nós fazemos nessas mesmas 24 horas. Logo, tem dias que eu também amanheço com dor, mas, ainda assim, estou lá lutando para tentar mudar.

Quando eu vendia água na praia, eu não fui porque eu queria vender água na praia, eu fui porque era o que dava para eu fazer naquele momento. Sempre fui um cara que prometi dar o melhor a mim mesmo no melhor cenário, até que houvesse um cenário melhor assim fiz a vida toda. A resiliência e a autorresponsabilidade me ajudaram a me manter de pé nos piores momentos, porque eu sabia que poderia ser esmagado por mim mesmo se eu não conseguisse me controlar. Portanto, essa é a dica: controle a si mesmo, para que, mesmo nos momentos delicados, consiga extrair de dentro de si próprio forças suficientes para se levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima, juntar seus cacos e voltar para a arena, para o ringue e para a luta.

Você é um empreendedor e como tal quais são os seus conselhos para os empresários que se encontram à beira da falência por conta da realidade econômica atual?

R: Como empreendedor, eu não acredito que alguém esteja à beira da falência por conta da realidade econômica atual. Eu prefiro crer que o que leva as pessoas à falência é a falta de gestão quando a coisa está fluindo bem. Nós temos o hábito de imaginar que  sempre as coisas estarão bem, assim como o hábito e costume de achar que a estabilidade existe. Somos relaxados no que se refere à gestão e só acordamos para a realidade quando a corda já está no último fiozinho. Com isso, a minha pergunta não é o que fazer quando estou falindo, mas, sim, o que o que eu fiz para chegar nessa condição. Se um dia eu montei um negócio e ele me deu dinheirocadê esse dinheiro? Então, não é apenas a situação econômica que faz com que o negócio vá a falência, mas sim uma soma de fatores e qualquer pessoa que fugir dessa soma de fatores vai transferir total responsabilidade para a economia, que pode eventualmente, ter elementos que vai de encontro com a realidade do empresário, mas a ampla maioria dessa responsabilidade tem que estar nas mãos desses empresários ou de nós que temos algum tipo de negócio. Cabe-nos a responsabilidade de melhorar esse negócio todos os dias. Isso vale para quem tem R$ 10,00 para vender água na praia, para quem tem um milhão, dois ou 10 milhões para administrar uma multinacional. Importante que se pense que cuidar desses recursos sabendo que nem todo dia vai amanhecer com sol para você vender água na praia é algo fundamental. Os momentos difíceis vão passar, mas se este momento delicado passar sem que a pessoa tenha uma mudança de mentalidade, nada muda, há os que choram e os que vendem lenços.

Qual ou quais as suas páginas para que as pessoas possam adquirir os seus livros, participar de suas palestras e conhecerem mais sobre sua trajetória de vida? 

    R:   Todas as minhas páginas estão como: rick_chester. Os meus livros vocês vão encontrar em todas as grandes livrarias do país e nas principais plataformas de venda do gênero.

João Costa

João Costa é Jornalista, Assessor de Imprensa, é Membro da API (Associação Paulista de Imprensa), é "Prêmio Odarcio Ducci de Jornalismo, é "Prêmio de Comunicação pela ABIME – Associação Brasileira de Imprensa de Mídia Eletrônica, Digital e Influenciadores, é Prêmio Iberoamericano de Jornalismo, é Referência em Comunicação pela Agência Nacional de Cultura, Empreendedorismo e Comunicação – ANCEC, tem reconhecimento por Direitos Humanos pelo Instituto Dana Salomão e Menção honrosa do Lions Clube Internacional- Rio do janeiro. Teve participação ativa em eventos da Embaixada do Gabão no Brasil em Brasília, tendo inclusive, sido intérprete de discurso a convite do Embaixador do Gabão no Brasil, em jantar beneficente, com a presença do Vice-Presidente da República Federativa do Brasil. O mesmo possui participação em workshops, webinars, congressos e conferências.

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