12 / 03 / 11

Os Paulos de Tarso do século XXI

Fotos: divulgação

Há vinte séculos, o Império Romano dominava o mundo ocidental. Adoravam vários deuses como Júpiter, Baco, Cupido, Vênus e Marte, que tinham, supostamente, comportamentos e atitudes humanos, gênio irascível, humores oscilantes, eram temperamentais. Talvez ainda os estivéssemos adorando se não fosse o espírito cigano do décimo terceiro apóstolo, o ex-fariseu Saulo, no Cristianismo de primeira hora. O convertido de Damasco saiu de onde hoje está Israel e viajou até Roma para difundir o monoteísmo e a Boa Nova por onde passou, numa vida de aventuras, incompreensões e dedicação, popularizando a causa que abraçou. Graças às sementes por ele plantadas pelas trilhas secas e pedregosas que percorreu, principalmente, na capital do Império, é que mais tarde floresceu por Roma e, por conseqüência, em todas as terras por ela dominadas, a árvore frondosa do Cristianismo. A belíssima história de Paulo de Tarso é contada com detalhes coloridos num dos mais belos e emocionantes livros que Chico Xavier psicografou: Paulo e Estêvão.

Dois mil anos de areias caíram pela ampulheta do tempo. Ouço muitas vezes os arautos do apocalipse comentarem que a Terra está perdida, que nunca houve tanto crime, guerra, discórdia. Discordo! Há, sim, uma parte da mídia interessada em colocar um foco de luz nas notícias nefastas, mas, em contrapartida, a cada dia conheço mais gente evoluída, espiritualizada, de coração puro. Vejo nas novas gerações, como nos irmãos DeMolays do meu filho, e até no seio das grandes empresas, uma preocupação na construção de um mundo melhor. Há cada vez mais consciência ecológica, preocupação com os problemas da sociedade, a ética, a sustentabilidade, a questão da falta de água, o meio ambiente, a responsabilidade social em questões que dizem respeito a todos, como a pobreza, a fome, os direitos humanos, o acesso à cultura e instrução. Grandes marcas, agora, preocupam-se em ajudar as pessoas a realizarem suas aspirações. É o marketing espiritual: o foco são os valores. No Marketing 3.0, o objetivo é abraçar uma causa nobre. Há uma nova abordagem estratégica, conceitual, mas também filosófica.

Ainda há semeadores incansáveis à moda antiga, que viajam o mundo conferindo palestras, como Divaldo Pereira Franco, senhor de grande oratória, por quem nutro imensa admiração.

 

No século XX, a terra que era árida e seca, hoje está receptiva e fértil para receber as sementes da Nova Era. Uma nova ordem mundial de otimismo e júbilo se aproxima. Não há mais multidões ao pé da montanha para ouvir as bem-aventuranças. Num planeta superpovoado, a forma de atingir a massa é outra. Semeadores da Boa Nova trabalham hoje na divulgação de uma cultura de paz com uma nova ferramenta midiática para atrair a atenção da geração Y, plantar e espalhar as sementes: através do audiovisual. Há maravilhosas produções sendo preparadas com todo amor, trazendo lições de espiritualidade.

Cartaz de Mães de Chico Xavier

Cartaz de Mães de Chico Xavier

Estou em contato com semeadores à la Paulo de Tarso de todo o Brasil. Entre eles, destaco Luís Eduardo Girão. O empresário, que executivou as empresas para poder dedicar-se em tempo integral a fazer o bem, no limite de suas forças, fundou a ONG Estação da Luz. Fez a terraplenagem para o cinema transcendental brasileiro com o filme Bezerra de Menezes, Diário de um Espírito. Co-produziu Chico Xavier, o filme. E agora está em pleno vigor da peregrinação para a divulgação do próximo filme, Mães de Chico Xavier, que vai estrear para o grande público dia 1º de abril. Voando entre uma entrevista e outra, do Oiapoque ao Chuí, de vez em quando se lembra de comer uma barrinha de cereal pelo caminho, e afirma: “Quem pensa que o cinema transcendental é apenas uma onda passageira se engana. É um novo gênero que veio para ficar, e o Brasil é pioneiro”. Pessoas de várias religiões, de muçulmanos e evangélicos a ateus: a receptividade tem sido excelente.

Luis Eduardo Girao. Foto by Rubens Chiri

O sucesso crescente de público em temáticas transcendentais revela interesse na evolução pessoal, e quebra um paradigma de que no Brasil só se produz filmes que retratam violência e corrupção e mostram nossa pior face ao mundo.

E você? Está esperando um convite para o “trabalho na vinha”? Quer ser também um trabalhador de última hora? Quer fazer parte dessa corrente do Bem e não sabe como engajar-se? Muito simples. Ajude a divulgar. Vá ao cinema assistir Mães de Chico Xavier, assista a um filme emocionante baseado em fatos reais, como no livro de Marcel Souto Maior, com poder curador para aqueles que sofreram a dor da perda, com uma enorme lição de superação, esperança. É a estreia que determina o futuro da vida de um filme. Compareça às salas de cinema no dia 1º de abril e leve todos que puder.

Muita luz e paz!

Barbara Reiter

Barbara Reiter mora em Santa Catarina, na cidade Balneário Camboriú. Diretora de Turismo da ABIME, apresentadora do programa de TV ELA É BÁRBARA, no canal Brava 7 de Santa Catarina, filmmaker autodidata dos Diários de Viagem e autora do livro O Poder Feminino - Matrix Editora. Em seu blog fala sobre viagens, moda, beleza, comportamento, gastronomia, nutrição, auto-estima, metafísica e o que mais lhe der na telha.

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