12 / 04 / 12

Pesquisa da FMB em novo patamar rumo à excelência

Fonte: Assessoria da FMB/Unesp
Fotos: Flávio Fogueral | ACI FMB

De 13 a 15 de abril, a Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB) promove seu 2º Encontro de Pesquisa, no Hotel São João, em São Pedro. O evento abrirá espaço para discussões sobre o plano institucional da pesquisa para o próximo triênio.

A abertura do evento contará com a presença do vice-reitor no exercício da Reitoria, Júlio Cezar Durigan, e das pró-reitoras de Pesquisa, Maria José Soares Mendes Giannini, e de Pós-Graduação, Marilza Vieira Cunha Rudge. No mesmo dia, será realizada uma conferência sobre o tema “A pesquisa na universidade: importância para o ensino da graduação, da pós-graduação e extensão”, abordando a sua interrelação para a excelência da pesquisa na FMB. O convidado é o professor Irineu Tadeu Velasco, da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo).

Dia 14, especialistas do exterior e de outras instituições de ensino superior farão palestras com os temas: “Internacionalização, a translação da pesquisa experimental para a pesquisa clínica”; “Experiência de sucesso com patentes”, entre outras. Em seguida, será realizado um debate com a participação de pesquisadores da USP e Unesp, além de um grupo de discussão. Ao final, no dia 15, haverá plenária, quando serão apresentados trabalhos e elaborado o texto final para posterior aprovação da Congregação da FMB.

Segundo a presidente da Comissão de Pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu, professora Célia Regina Nogueira, o avanço da pesquisa dentro da instituição passou a ser uma discussão constante a partir de 2009, quando ocorreu o 1º Encontro de Pesquisa. Iniciativas como a criação e consolidação de uma estrutura que possibilite o desenvolvimento de estudos científicos passaram a ser algumas metas principais das políticas da área pela instituição.

Para a professora Célia, estímulos à iniciação científica, captação de recursos junto a instituições de fomento à pesquisa e estímulo a projetos a serem desenvolvidos no âmbito da saúde pública já são realidade na FMB.

Professora Célia Regina Nogueira

Professora Célia Regina Nogueira

A presidente ressalta ainda que alguns pontos serão cruciais para a consolidação e atualização do cenário pesquisa na universidade. Entre elas, estão a internacionalização, produção científica qualitativa e quantitativa e a busca por patentes dos estudos desenvolvidos na FMB.

Quais foram os principais avanços que a FMB obteve desde a realização do 1º encontro de pesquisa, em 2009?  Quais são os grandes potenciais da FMB na pesquisa, seja ela clínica ou experimental?
Do primeiro encontro foram retiradas ações, as quais foram executadas pela Comissão de Pesquisa. Pode-se salientar que algumas foram o estimulo à absorção de docentes recém contratados/substitutos e médicos aos programas de Pós-Graduação. Para isso, foram realizados ciclos de cursos denominados “Prospecção na Pesquisa”, abordando os seguintes temas: 1. Projetos vencedores, 2. Pesquisa epidemiológica e 3. Como elaborar um projeto de pesquisa. Ainda foram realizados encontros entre a comissão de Pesquisa, a comissão de Pós-Graduação e os jovens contratados da FM de Botucatu para discussão dos seguintes temas: como captar recursos, buscar alunos de iniciação científica, como publicar e normas de acesso aos programas de pós-graduação.

Outra ação foi o estímulo à iniciação científica, onde foram realizadas palestras para os alunos do primeiro ano, ensinando o que é a iniciação científica, como acessar a página da pesquisa e procurar pesquisador para orientação. Como conseqüência, tivemos um aumento de 136% no número de solicitações de bolsas, contemplando as agências de fomento Fapesp e Pibic.

Foram criadas a Unipex (Unidade de Pesquisa Experimental), Upea (Unidade de Pesquisa em Experimentação Animal. As mesmas foram criadas com verba Finep conseguida pela comissão de pesquisa.

Iniciaram-se, também, cursos para capacitação dos funcionários da experimental: nas áreas de bioterismo (oferecido pela Fiocruz e financiado pela Diretoria da FM); de cultura de células (oferecido por um pesquisador do Butantã e financiado pela Diretoria da FM), e para Biossegurança (realizado por docente da FM de Botucatu). Os recursos institucionais da Fapesp foram destinados à compra de equipamentos multiusuários para a Unipex e para o futuro banco de tecidos da FM e HC de Botucatu.

Para estimular a produção de projetos temáticos, foi instituído o Ciência ao Cair da Tarde. Essa reunião científica ocorre uma vez por mês e é financiada pela diretoria da FM de Botucatu. A cada mês, um departamento fica responsável pela reunião, no sentido de convidar um pesquisador, que fará uma palestra dentro da linha de pesquisa do departamento. Portanto, nessa reunião, pesquisadores/docentes e alunos se reúnem e discutem um tema de interesse comum.

Houve a ampliação da interação da comissão de pesquisa com as outras unidades, já que os congressos de Iniciação Científica começaram a ser realizados em parceria com as Faculdades de Medicina Veterinária e Zootecnia e de Ciências Agronômicas, além do Instituto de Biociências. Nos dois últimos congressos de iniciação científica, os alunos apresentaram seus trabalhos científicos para comissão formada por todas as unidades.

Estimular a busca de recursos foi outro fator de importância, já que a captação Fapesp passou de R$ 3 milhões, em 2010, para R$ 4, 650 mi no ano passado. Já as captações Finep foram de mais de R$ 9 milhões para a construção e estruturação da Unipex e compra de equipamentos para a Upea.

Os grandes potenciais para a pesquisa na Faculdade de Medicina são os laboratórios experimentais equipados – a Unipex e a Upeclin (Unidade de Pesquisa Clínica)- em pleno funcionamento, com os técnicos dos laboratórios habilitados para as diversas ferramentas metodológicas.

A utilização, em pesquisas, de informações colhidas na prática assistencial foi uma das demandas que surgiram na primeira edição do evento. O que foi feito para incrementar esse tipo de estudo? Há resultados colhidos a partir dessa análise?
Tivemos a ação do hospital, informatizando os prontuários. Foi consolidado o funcionamento da Upeclin e foi dada visibilidade para a unidade. Realizada capacitação dos recursos humanos em boas práticas clínicas. Todas essas ações tornam a pesquisa de qualidade internacional para atingir publicações de alto impacto.

Atividades de pesquisa da instituição

Atividades de pesquisa da instituição

A construção da Unipex (Unidade de Pesquisa Experimental) da FMB vai elevar a Escola a outro patamar, e as discussões em torno da necessidade de se implantar essa estrutura nasceram no primeiro encontro de pesquisa. Em qual estágio está o projeto, e quais os principais impactos que devem ocorrer na cultura da pesquisa dentro da instituição?

A Unipex está sendo construída e o prédio deve ser entregue em novembro. Paralelamente, existe o trabalho de capacitar os técnicos dos laboratórios para as novas metodologias de pesquisas. Os equipamentos multiusuários estão sendo comprados e instalados. Após essas ações, espera-se aumentar a captação dos recursos para pesquisa na FMB, publicações de maior impacto, e aumentar a nota dos programas de pós-graduação.

Prédio da Unipex em construção

Prédio da Unipex em construção

A Faculdade dispõe da quantidade de pesquisadores e de estrutura suficiente para chegar ao seu objetivo em relação à pesquisa?
Apesar de dispormos de excelentes pesquisadores/docentes na FM, precisamos da maior contratação de pesquisadores e técnicos de laboratório.

Como as experiências de outras instituições de ensino e pesquisa, através de palestras e da participação de seus especialistas em oficinas e mesas redondas, podem contribuir para o crescimento da FMB?
Para atingir a excelência na pesquisa, precisamos, em primeiro lugar, conhecer outros modelos. Posteriormente, teremos condições para discutir e planejar o nosso. Devemos, portanto, escutar experiências bem sucedidas de outras instituições e de pesquisadores reconhecidos nacional e internacionalmente. Com esses subsídios, poderemos traçar planos para o nosso crescimento.

A FMB se prepara para o 2º encontro de pesquisa. O que se espera para esse encontro?
Agora estamos em outro patamar de pesquisa e, para atingirmos a excelência, precisamos discutir os seguintes temas: a internacionalização da pesquisa, como aumentar a produção científica qualitativamente e quantitativamente, como incentivar a pesquisa epidemiológica e qualitativa na FM de Botucatu, como regulamentar a pesquisa clínica, como pensar em patentes. São discussões que, novamente, gerarão ações para serem executadas pela comissão de pesquisa, com o empenho dos docentes da Faculdade de Medicina no próximo biênio.

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